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GANDAVOS - CONTANDO OUTRAS HISTÓRIAS é o segundo volume de uma coletânea de contos, fábulas, crônicas, em histórias reais ou ficcionais, ora emocionantes, ora bem humoradas, em um trabalho que agregou escritores de várias partes do Brasil, privilegiando a diversidade de nossa cultura regional.
Se você, meu amigo, tiver interesse em conhecer nosso trabalho e quiser adquiri-lo diretamente da minha cota de exemplares, por favor, entre contato comigo através do endereço: gandavos@hotmail.com. Se você quiser adquirir através da página de outro autor (são vários autores), fique inteiramente à vontade e poderá fazer o contato nas respectivas páginas de cada deles.
INVESTIMENTO:
R$ 25,00 Já incluído o valor da remessa pelo Correio (para o Brasil)
São autores do livro: Carlos A.Lopes, Maria Mineira, Geraldinho do Engenho, Ana Soares, Celêdian Assis de Sousa, Augusto Sampaio Angelim, Carlos Costa, JCarneiro, Fernando José Carneiro de Souza, Rangel Alves da Costa, Jorge Farias Remígio, Maria Olimpia Alves de Melo, José Soares de Melo, Fábio Ribas, Ana Bailune, Sevy Oliveira, Marina Alves, Jussara Burgos e Jailson Vital.

Coordenação: Carlos A. Lopes
Colaboração: Celêdian Assis de Sousa
Ilustrações: Edmar Sales

Formato: 14x21; capa 4 cores com brilho; papel amarelo
Número de páginas: 192

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Augusto Sampaio Angelim


Apresentação

            Escrever apresentação de livro, prefácio ou outras coisas do gênero é tarefa que deixa o vivente meio perdido. Primeiramente pelo fato de uma encomenda desta natureza embutir um pedido de cumplicidade, para acobertar o bom e o mal feito. Segundo, pela suposição de que o sujeito encarregado da missão fará, de bom grado, os elogios esperados.

            No caso deste livro, o problema é maior, por se tratar de uma coletânea com autores e textos bem diversificados, o que impõe uma responsabilidade maior ainda, pois as regras da boa educação recomendam que não se deve destacar um ou outro autor. Como também não é um exercício de crítica literária, não cabe uma análise individualizada e rigorosa de todos os textos.

            Mas, considerando que nenhum dos autores aqui se arvora de pabulagem de grande escritor, lhe digo, sem medo de errar, caro leitor, que tudo merece os cuidados de vossa leitura. Os contos, crônicas e causos aqui inseridos podem ser vistos como pequenas e eficientes gotas de remédio para seu entretenimento.

            Tem histórias inventadas, fruto apenas da imaginação e da rica verve de seus autores, outras baseadas em fatos reais, embora eu sempre desconfie da fidelidade dos escritores. Mas isto pouco importa se você tem, agora, este livro em suas mãos, pois seus textos têm capacidade para lhe proporcionar encantamento.

            Os autores aqui reunidos, praticamente são os mesmos arrolados no primeiro livro gestado por Carlos Lopes, mas os textos são outros e seguem linhas diversas, o que enriquece o conteúdo, por não ser uma repetição da primeira obra.

            Certamente o leitor fará suas escolhas particulares, tomando o livro anterior como referência, mas o ideal é que não se comprometa previamente e deixe para fazer um julgamento após a leitura de todo o livro, que, afinal, não é um calhamaço e é tecido em prosa fácil, revestida da simplicidade de autores que não buscam reconhecimento literário e nem láureas acadêmicas.

Augusto Sampaio Angelim
São Bento do Una/PE



Celêdian Assis de Sousa

 Prefácio

Não é tarefa fácil e diga-se ainda que, de extrema responsabilidade, prefaciar uma obra que reúne textos de vários autores, com suas características próprias determinadas pelos seus estilos, pelas suas crenças, ideias, pensamentos e pelas peculiaridades das diferenciadas tradições regionais, que são indubitavelmente o grande tesouro da cultura de nosso imenso país. É fascinante tomar contato com as narrativas, leituras memoráveis, de modo assim tão “íntimo” e que me possibilitam senti-las impregnando-me de tal forma, que todos os sentidos se aguçam, estabelecendo um clima de cumplicidade com cada uma delas. É também para mim, motivo de grata satisfação e orgulho, figurar ao lado de escritores tão talentosos que compuseram esta coletânea, participando com alguns textos de minha autoria, assim como prefaciando-a.
As boas histórias traduzem-se na arte de transformar até mesmo um tema aparentemente irrelevante ou insosso, em uma emocionante jornada através da leitura. É exatamente o que a leitura de Gandavos – Contando outras histórias, propiciará ao leitor. Essa obra coletiva tem o condão de agregar gêneros diversos, que embora tenham características que os diferenciam quanto à forma, não a tornaram um conjunto heterogêneo. Aqui há contos, crônicas, fábulas, parábolas, lendas, relatos, que se adaptam perfeitamente a um gênero único – história – narrativa que envolve a criação de personagens reais ou fictícios e enredos, que por sua vez envolvem o leitor em um mundo imaginário que os encanta.     
Há entre as histórias deste livro, ambientadas em contextos diferentes, temas compromissados com questões sociais e humanas (a pobreza, a solidão, a simplicidade, etc), familiares, situações do cotidiano, temas de ficção, mitos, lendas, superstições e fatos reais da memória cultural e da memória afetiva, apego às raízes, tradições, entre outros. Algumas histórias são carregadas de humor ora leve, ora sarcástico, além de algumas prosas que assumem um caráter lúdico e às vezes até lírico, como se pode sentir nos textos, “Cipó de São João” e “Fonte de Sabá”. Esta diversidade de abordagens dos temas, com a perspicácia ímpar de cada autor, é o que, sem dúvida, permite uma leitura agradável e envolvente.
Nos textos que abordam o saudosismo, o resgate das tradições, o apego às lembranças de pessoas, situações e lugares, às raízes, há sempre um componente que nos remete às nossas próprias reminiscências, transportando-nos aos recônditos de nossas mentes, em verdadeira interação com as histórias. É o que se pode ler em textos como: Os últimos; O relógio; A foto; Cacimba Nova; A festa de São José; O dia em que falei com o rei; Decepção (reminiscências); De Gândavos a Gandavos – muitas histórias para contar; entre tantos outros.
Em outros textos são abordados o misticismo, as crenças, os mistérios sempre regados de um forte apelo, ora de medo, ora de humor e até mesmo em coerência com a realidade do cotidiano dos autores. Esses temas estão muito bem narrados em textos que mexem com o imaginário do leitor, em histórias que criam um ambiente de suspense, surpresa e emoção, no qual o enredo e personagens ganham vida, transportando-o ao mundo mágico da imaginação: O mistério da estrada de ferro; A mulher do vestido estampado; Quarenta e uma saudades; A mulher de branco; O defunto Nicolau; Uma vida mal assombrada; O enterro; Tamanho não é documento de valentia; Olhos negros; Memórias tristes de um casarão; são entre outros textos, contos que representam muitíssimo bem essas características. Em um tom que nos remete aos questionamentos, à reflexão, há entre as histórias, narrativas de forma alegórica, como em “Uma parábola para minhas filhas”, “Um casal bem normal”, com significados que vão do concreto ao simbólico. Na mesma linha se encontram nesta obra, crônicas do cotidiano que estabelecem, em geral, conexões coerentes entre a realidade do narrador e a do leitor.
Narrar histórias, em qualquer um desses estilos e gêneros, como as que aqui se apresentam, torna possível uma comunicação cordial entre os narradores e os leitores, ainda que subjetivamente, em um contexto que dá  aos fatos abstratos, difíceis de serem transmitidos isoladamente, uma conotação de identificação com a realidade e assim permitindo uma preciosa aproximação entre os mesmos, o que por sua vez torna a leitura dessa obra muito aprazível.
Foi através de Gandavos – contando outras histórias, que pude sentir e viver importantes e variadas emoções, ao viver profundamente tudo o que as narrativas provocaram em mim, desde a sensação de voltar à época dos antigos contadores que, ao redor do fogo, contavam histórias a uma plateia atenta, até as mais simples, como gargalhar, ou entristecer-me diante das situações criadas brilhantemente por cada autor e que certamente serão emoções que provocarão deleite em cada leitor.

Celêdian Assis de Sousa
Belo Horizonte /MG





Ana Bailune



Texto da Contra  capa


O que torna um conto interessante? Há vários fatores, mas para mim, um conto é interessante quando percebemos, ao lê-lo, a alma do escritor caminhando pelas entrelinhas. É como se, em momentos fugazes, ao começar um novo parágrafo ou virar uma página, vislumbrássemos a ponta de uma túnica, ou ouvíssemos um suspiro ou o som dos passos do escritor e seus personagens.
Um conto é realmente bom no momento em que cativa o leitor de tal forma, que ele se esquece que está lendo, e vê as cenas descritas como se delas participasse ao vivo. Bons contos devem conduzir, enlevar, divertir, encantar, indignar, emocionar.
Através da internet e do blog Gândavos, de Carlos A. Lopes, um grupo de escritores tiveram a chance de se encontrar e partilhar o mesmo espaço. Não pode ter sido por mero acaso, ou este livro (e os livros anteriores a este) não existiriam. Acredito que este encontro tenha sido planejado pelo destino. Assim como também creio que o fato de você, leitor, estar diante deste livro, também não seja mero acaso. Quem sabe, não sejamos todos personagens de um conto que Deus inventa?
Assim, é com grande honra que, mais uma vez, sou convidada a participar deste evento em forma de livro, produzido pela engenhosidade de Carlos A. Lopes e contando com a participação de pessoas talentosas - como o artista pernambucano Edmar Sales, que ilustra lindamente textos e capa do livro - que terão, mais uma vez, a chance de ver seus trabalhos sendo lidos e apreciados. Gente boa é o que não falta por aqui!
Tenho certeza de que você vai se divertir ao embarcar nesta viagem junto com a gente.
Ana Bailune
Petrópolis/RJ




Carlos A Lopes


Texto da orelha da capa

     

É inegável que, entre as modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo, o conto é o preferido da grande maioria dos escritores no princípio de suas carreiras. Ao contrário do que se possa pensar, a brevidade de um conto não torna mais fácil a arte de escrever uma boa história. O que muitos não sabem é que este pormenor constitui-se um dos mais difíceis exercícios para um contista. Como nos demais gêneros, escrever é sempre um árduo trabalho, que não dispensa os preceitos gerais da criação, que são o talento e a imaginação.
Neste livro, Gandavos – Contando outras histórias, o leitor perceberá que a criação literária pode dispensar, ou por à parte a verdade, mas não desconsidera a importância de certos elementos ou atributos que lhe conferem veracidade, ou seja, para além da verdade há a necessidade de outros temperos e artifícios, que tornam uma história boa e interessante.  De um modo geral, imagino que os contos aqui apresentados vão provocar no leitor o desejo de ler até a última página do livro. Afinal, tratam-se de textos onde há um mergulho solitário na memória e na imaginação dos talentosos autores, oriundos das mais variadas regiões deste país. E por fim, sábias são as palavras do escritor pernambucano Augusto Sampaio Angelim, quando afirmou, textualmente, no primeiro volume da Coleção Gandavos: “O livro que o leitor agora tem em suas mãos fez uma viagem inversa. Pode-se até dizer que ele veio do futuro para o presente, pois este livro saiu do mundo virtual. Nasceu das páginas digitalizadas sob o endereço http://gandavos.blogspot.com/ ”.  

Carlos A. Lopes




Maria Mineira



Texto da orelha da contra capa


Falar sobre um livro exige um olhar terno, principalmente quando lirismo e saudades saltam das páginas, conduzindo a emoção e captando sentimentos a partir de cenas cotidianas.
Ao ler Gandavos - Os Contadores de Histórias, primeiro livro publicado pelo Blog Gândavos, mergulhei em cada página e senti as letras se transformando em cores, movimentos e sons. Logo vi que se tratava de um bom livro, pois leva à reflexão, mexe com sentimentos e nos coloca frente a frente com cenários conhecidos, onde os personagens vivem diversas e envolventes realidades.
A reunião de escritores de vários Estados do Brasil é uma demonstração viva da nossa diversidade sociocultural e enriquece a obra, porque mostra que cada região tem uma maneira distinta de ver os fatos, mudando a cada texto a tonalidade do livro. Foi muito bom ler e sentir em cada página, as reminiscências de vidas e temas de variados corações.
É uma grande alegria participar deste segundo livro, Gandavos – Contando Outras Histórias. Nesse, como no primeiro, é impossível que o leitor se mantenha indiferente diante da simplicidade, do humor e da poesia com que os autores permeiam suas histórias. Nas entrelinhas, cada um estampa sua própria alma, trazendo à tona lembranças, retratos vivos, sem se preocupar muito com regras e formalidades. E é isso que faz a história deixar de ser de um só, para se tornar de todos. Eu acredito que coisas assim é que acabam sendo arte de verdade.
Leia com calma e, nas letras de cada autor, saboreie o lirismo, a delicadeza e o tom de várias realidades poéticas da alma brasileira.

Maria Mineira



Comentários:


Jussara Burgos


Para mim é um motivo de alegria cada vez que abro um livro. É um universo que se descortina diante dos meus olhos. Vejo que é um momento de cumplicidade entre o escritor e o leitor. Quem escreve se deixa conhecer, deixa transparecer sua essência, oferecendo muitas vezes o que tem de melhor.

Essa semana recebi o livro “Gandavos Contando outras histórias.” Leio atentamente cada conto,  as vezes me emociono  ou caio na gargalhada. Analiso o contexto de cada conto. Uma cena tão simples como tirar um retrato, cria corpo e se transforma em uma deliciosa aventura. Gosto da clareza e elegância do irmão sertanejo Carlos Lopes. Vejo que ele está cada vez mais maduro na arte de escrever. É muito bom percorrer o querido sertão nas palavras e enredos de Jorge Remígio, Zé Melo, Fernando José, José Carneiro, Sevy Oliveira e Augusto Sampaio Angelim.  Sou fã de carteirinha de Jailson Vital que escreve textos impregnados de poesia. Também gosto do jeito dos mineiros tão arraigados a sua cultura. Quero parabenizar a todos os participantes por esse trabalho, principalmente a você Carlinhos que teve o trabalho de coordenar essa obra. Grata.

Helena Jussara Pereira Burgos Monteiro - Luziânia/GO
Ilustração de: Edmar Sales - Custódia/PE


Geraldinho do Engenho

Carlos Lopes talvez o amigo não saiba medir a dimensão e o valor da antologia de “os Contadores de Historia”. Gandavos, Assemelhando aos tecelões ingleses os pioneiros de Rochedale fundadores do cooperativismo com a doutrina de um por todos e todos por um. Reuniu escritores amadores de todas as regiões do nosso imenso país, na sua maioria sonhadores em um dia ter seus textos publicados em um livro, mas esbarravam nas dificuldades e na falta de incentivo cultural. Com certeza, no passado, muitos foram os que levaram esse sonho para a sepultura, e deixaram para as traças suas valiosas obras que se perderam engavetadas mofadas pelo tempo.
Como um bom antologista você está nos dando esta oportunidade. Coletivamente estamos publicarmos nossos escritos. E ainda irmanados por fortes laços de amizade vamos formando uma verdadeira família virtual através do milagre da internet.

Uma coisa é certa meu amigo você foi iluminado por Deus, o ser maior criador deste universo que ao deitar os olhos sobre alguém o transforma em um anjo mensageiro e portador de auto-estima com a missão de arrebanhar seus filhos dispersos na sua imensa seara.
Eu gostaria de ter o dom da magia para transformar em palavras todo o meu sentimento de gratidão que se apoderou de mim. Para agradecê-lo pelo seu excelente trabalho realizado. E transmitir minha alegria a todos os colegas que compartilham comigo desta maravilhosa obra. –“Parabéns Carlos Lopes receba minha gratidão e meu afetuoso abraço!”



Geraldinho do Engenho - Bom Despacho/MG

Ilustração de: Edmar Sales - Custódia/PE



Carlos Costa

Amigo, terminei de ler, finalmente, todo o livro GANDAVOS - CONTANDO OUTRAS HISTÓRIAS, e adorei o último texto da magnifica obra e adorei mais ainda, o texto de Celêdian Assis de Souza, de BH, porque desconhecia um pouco sua tenacidade e determinação em preservar o nome GÂNDAVOS que virou Gandavos, sem o acento. Adorei saber que existia até um hino para esse nome e que, por isso e para maior ênfase, ganhou o acento no A. Mas agora vou tomar um gardenal de 100 mg e dormirei. Depois que acordar, às 10 hs para tomar um antibiótico, o Levofloxacino de 500 mg, que não é para dormir, vou escrever uma análise completa sobre toda a obra que, no conjunto, está fantástica e me fez lembrar uma publicação semelhante que reunia em uma só outra vários cronistas bons, isso lá nos idos dos anos 80, acho que com o título "Para Gostar de Ler", mas não tenho certeza. Essa publicação reunia VINICIUS DE MORAES (como cronista também ele era ótimo), MANUEL BANDEIRA, CECILIA MEIRELES,; PAULO MENDES CAMPOS, RUBENS BRAGA e muitos outros, cujos nomes não me recordo mais. Muitos eram poetas, na área que se destacaram, mas todos eram muito bons como cronistas também. Um abraço, amigo e companheiro!


Carlos Costa - Manaus/AM
Ilustração: Edmar Sales





2 comentários:

willes disse...

Já li alguns contos desse livro e gostei muito das narrativas. Adorei os contos da Celêdian, meio suspeito porque sou amigo. Mas a verve literária dele é explendidada. Estou lendo O Rato que também é ótimo...Depois volto a fazer outros comentários...Parabéns a todos os autores.
Willes

Celêdian Assis disse...

Olá, Willes, obrigada pela sua presença por aqui, pelas suas boas palavras. Aproveito para apresentar-lhe o meu amigo Carlos Lopes, mentor deste projeto que tem sido sucesso e apresentá-lo também ao Carlos, como o grande escritor que você é e que eu gostaria de indicar para o livro IV, uma vez que o de número III já está fechado.
Um abraço.
Celêdian