Autora: Jussara Burgos - Luziânia/GO
O texto ¨A filha do Coronel¨, foi Registrado no Instituto Nacional do Livro (Fundação Biblioteca Nacional), em nome de Jussara Burgos, número de Registro 610.545, Livro 1.170, folha 321.
Um pequeno conto que revela a tragédia de, na vida, pautar-se pela rigidez de ideias cujos ditames mutilam a expressão do Ser. Um ser humano jamais deve abrir mão do seu discernimento e da responsabilidade. Do mesmo modo, nunca deve guiar-se por preceitos sociais equivocadas nem deixar-se submeter por regras de conduta pré-concebidas para simples manutenção da aparência. Apesar de parecer algo já extinto, o texto traz uma profunda reflexão sobre conceitos, pré-conceitos, comportamentos alienados e controle social. Ainda há muitos coronéis vivos a sacrificar a beleza de muitos jovens, principalmente se esses esquivarem-se ao jugo de uma sociedade hipócrita.
Mana, parabéns você retratou com fidelidade as coisas daqui desse nosso Sertão do Moxotó. estás de parabéns você mostra que saiu do sertão pernambucano,mais o sertão pernambucano ai está presente nessa mulher arretado que és tu, fico feliz por ter você como irmão carnal e espiritual.
Um xero grande nesse coração grande.
Um conto vigoroso, bem construído e de um final surpreendente, provando que nem sempre se ter dinheiro e poder é sinônimo de felicidade e riqueza interior! Parabéns!
Um conto enxuto, de texto preciso e direto. E de grande vigor temático. Gostei bastante.
Um conto com uma narrativa maravilhosa, o relato que nos leva a arbitrariedade surreal do jugo dos coronéis, que tantas "histórias" já nos foram contadas, e a história ou estória de Gerusa, nos recorda muitas outras que ouvi desse meu NORDESTE cheio de contos e encantos, uma época em que viveu várias Gerusas, Marias, Eulálias....e todas com seus encantos.
Parabéns pela simplicidade e beleza do conto.
Soraia maya
Parabéns querida, seu conto trás uma mensagem positiva e atual das injustiças sociais.
Traduz a expressão do poder da "impotência" diante da autoridade paterna e social, acentuando o preconceito o julgamento pré-meditado perante uma pessoa subjugada sem voz. Posso até correlacionar o texto com os governos poderosos e arrogantes diante de uma nação,onde a impunidade impera e prevalece diante dos injustos. Traz ainda a cultura arraigada de um povo,mostrando a relação de autoritarismo e ignorância em contradição com o arrependimento e injustiça levando o povoado a conhecer os extremos "felicidade e infelicidade".
Adorei sua criatividade de forma objetiva e singular,tendo conteúdo para bela resenha. Sucesso nos próximos contos .bjs Betânia Farias
O que caracteriza um (a) grande escritor (a)? O relato fiel de uma situação vivida e/ou presenciada; ou a simulação de tal situação inventada ou imaginada, servindo-se ou utilizando-se de reminiscências de situações paralelas onde somente as personagens são fictícias e as situações; se não reais, perfeitamente factíveis?
No seu conto “A filha do Coronel”, o (a) autor (a) domina perfeitamente o universo psicológico da sociedade nordestina do ciclo do caroá ou do algodão, que caracterizou o “boom” econômico dos anos trinta a quarenta, no sertão nordestino, mais especificamente, no sertão pernambucano.
Sua análise nos trás de volta a questão do preconceito e do machismo cruel e injusto que tanto caracterizou àquela sociedade com relação à condição feminina e que tão profundamente marcou as relações afetivas da nossa geração. Seus efeitos se fizeram sentir até bem recentemente, como pude observar e vivenciar tais preconceitos até, pelo menos, a metade dos aos da década de sessenta.
Com serenidade e coerência, com uma linguagem clara e objetiva Jussara nos conduz a esse universo cruel, mas real e mágico, das relações afetivas permeadas por interesses econômicos e balisadas pelo poder absoluto de uma sociedade patriarcal.
Antonio Belo da Silva
Pois é, né? O que não faziam (e ainda fazem) em nome de uma falsa 'honra'... Muito bem escrito, criativo, sobretudo no paralelo do ocorrido com a escolha do nome do lugar: Santa Felicidade... Muito bom. Parabéns!
Esse texto me fez viajar, literalmente, a história de uma época que bem está retratando um lugar e personagens tão conhecidos por nós Sertanejos. Como tantas vezes em viagens reais passando pela BR e curiosamente me chamava atenção aquelas ruínas daquele pequeno vilarejo abandonado que desde criança me fez colar a janela do carro buscando não só vê-las mas entender como um lugar se mostra com tamanha destruição e desolação. Texto limpo, sensível, claro somando num mesmo contexto a riqueza, os costumes, o poder financeiro que denomina o mais forte, a ignorância, a arrogância masculina que massacrava a fragilidade feminina e com ela a destruição da familia e de um lugar e do próprio homem. Gostei muito!
Esse texto me fez viajar, literalmente, a história de uma época que bem está retratando um lugar e personagens tão conhecidos por nós Sertanejos. Como tantas vezes em viagens reais passando pela BR e curiosamente me chamava atenção aquelas ruínas daquele pequeno vilarejo abandonado que desde criança me fez colar a janela do carro buscando não só vê-las mas entender como um lugar se mostra com tamanha destruição e desolação. Texto limpo, sensível, claro somando num mesmo contexto a riqueza, os costumes, o poder financeiro que denomina o mais forte, a ignorância, a arrogância masculina que massacrava a fragilidade feminina e com ela a destruição da familia e de um lugar e do próprio homem. Gostei muito! Elba Feitosa
A sensibilidade no relato revela o olhar do escritor atento a narrar o seu tempo. Missão maior dentre todas, a trasmissão da verdade como percebida no conto extende a dimensão da cultura machista presente no século XX no nordeste Brasileiro num clima que vaga pela seca de Graciliano Ramos e o olhar ampliado de Guimarães Rosa. Muito bonito!
Muitas tragédias parecidas com a de Gerusa já foram vividas num tempo em que a mulher sofria horrores pelo conservadorismo, o tradicionalismo e tantos "ismos" que nem vale a pena lembrar. Um conto bem costurado, com um final surpreendente. Parabéns ao autor ou autora. Marina Alves.
Muito bem escrito. Fidedignamente trágico e surpreendente, como tantas histórias do Sertão Nordestino. Totalmente plausível, direto, de uma crueza condizente com a época e contexto tratado na narrativa. Feito por quem sabe daquilo que escreve.
Gostei muito desse conto! às vezes uma história fictícia se assemelha tanto com uma real que ficamos a nos perguntar. Será que foi tudo verdade? Parabéns ao autor ou autora do texto!
Parabéns! minha prima,que conto extraordinário. Comovente, "real", convincente, belo e trágico. Você escreveu como se morasse naquela comunidade que outrora fora bastante florescente, mas que num toque de mágica,sucumbiu em uma eterna decadência. Que vitória! A segunda colocação em um universo de grandes escritores,foi sensacional. Viva Jussara Burgos
A nossa colaboradora Jussara Burgos nos deu um bom exemplo ao registrar o seu texto ¨A FILHA DO CORONEL¨, no INL. Do jeito que as coisas estão indo em nosso país não se sabe até onde a pouca vergonha e a inveja pode chegar. Agora a pouco a Jussara me contou do sumiço da principal peça do seu prêmio (brindes do concurso), não chegando ao seu destino. Vou ter que encaminhar outra camisa, isto porque alguém, da parte da instituição do envio, certamente resolveu subtrair a peça bordada em alguma vistoria de rotina. Amigos, registrem suas criações, o custo é baixo e vai oferece uma segurança a mais a todos os autores.
Narrativa brilhante. Parabéns...