Quarto
de hotel, Recife. Num domingo
de
retalhos de mar na luz que invade
o
corredor deserto: um breve pingo
do
que sonha, lá fora, a eternidade.
Simples
quarto de hotel. Aqui distingo
meu
corpo horizontal. Ora, quem há-de
visitar-me
no beco! Então me vingo
de
estar só com este vento e amo a cidade.
Leio
os poetas da terra. Os mais alados
cuja
semente estala, por sua lavra,
em
tambores, violões, nordestinados.
Marcus
Accioly é a voz, o canto grave
em
território áspero. E a palavra
tira
da pedra o que ela tinha de ave.
Fonte: Agendário de Sombras
Autor: Jorge Tufic - Fortaleza/CE
Sonetos, página 24
Publicação autorizada pelo autor
3 comentários:
Um poema aconchegante. Muito bonito.
Parabéns ao autor.
Um braço Carlos.
Belo soneto. Adirei. Parabéns Jorge Tufic
Lindo, TJ. Adorei!
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