Denise Coimbra
Minha homenagem aos 178 anos do aniversário de nascimento de Machado de Assis é compartilhar a foto da Coletânea Gandavos e um trecho da história que escrevi e que consta da coletânia Gandavos: A alegria de Contar.
Participam dela: Geraldo Rodrigues da Costa, (nosso querido Geraldinho do Engenho, Professor Tadeu De Araújo Teixeira, Professor Ronan, Joao Batista Silva e eu.
Aqui perto temos Marina Alves, de Lagoa da Prata e Maria Mineira, moradora da nossa bela Serra da Canastra, escritoras excepcionais!
O Dia que não veio foi a história que decidi publicar nessa coletânea tão especial, idealizada e organizada por Carlos Lopes, a quem sempre agradeço e admiro por iniciativa tão valorosa em preservar e estimular a escrita dos escritores de todos os Estados brasileiros!!! Saravá meu querido!!!!!
Livro: Gandavos - A Alegria de Contar
Deixo aqui um pequeno trecho do que escrevi.
Se alguém se interessar em adquirir um exemplar. Entre em contato in box. O valor cobrado é para pagar os custos do livro.
O dia que não veio
Denise Coimbra
Rita morava numa fazenda em Unaí, Minas Gerais. Ela tinha seis irmãos. Cinco deles exerciam profissões no Brasil e no exterior: economista, enfermeiro, empresário, médico e professor. Simão, o sexto, desde menino tinha habilidades tão especiais e incomuns que merecera da família, escola e comunidade uma atenção maior. Ele desmontava e montava qualquer tipo de equipamento eletrodoméstico e fazia algumas esquisitices: inventava palavras, escrevia frases esdrúxulas e via o que ninguém via.
Aos sete anos, ele passou a fugir de casa. Por causa disso também, o pai construiu um quartinho para ele no fundo da casa, ao lado da cozinha. Ao invés de porta, o quarto tinha grade. Rita condoia-se da situação do seu irmão, tal e qual um passarinho preso numa gaiola. Bastante evidente, era a ligação entre os dois. Somente ela o compreendia e nunca se zangava com ele, apesar dos hábitos bizarros e gritos aterrorizantes que ele dava quando era contrariado.
As pessoas zombavam dele e o chamavam de doidinho ou zureta. Rita não se conformava com isso e brigava sempre com quem fizesse escárnio dele ou o humilhasse. Em seu coração de menina, sabia que o irmão sofria muito, mesmo que calado. Desde então, tornou-se protetora e parceira dele em algumas excentricidades. E guardavam segredo.
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