Autora: Maria Mineira
Folhas pendentes roçam nas águas, refletindo a
luz da primeira estrela. Por instantes o trinado de um canarinho faz recordar a
melodia de uma voz distante.
Aragem do anoitecer arrepia a pele. A Lua
cochila num brilho apagado, enquanto uma vida escorre devagar
pelo antigo caminho. Tropeços nas pedras, encontro de mãos, amparo nos braços,
calor de corpos, pulsar de corações, aconchego no peito, abraço...
Cheiro de capim, frescor de água deslizando mansa. Respiração ofegante, cheiros e perfumes da noite... A vida leve, o peito cheio de ar e de ilusão adormecida no barrado do horizonte, prenúncio de um novo dia.
Cheiro de capim, frescor de água deslizando mansa. Respiração ofegante, cheiros e perfumes da noite... A vida leve, o peito cheio de ar e de ilusão adormecida no barrado do horizonte, prenúncio de um novo dia.
O sol lambe o orvalho da manhã, despertando
abelhas, pássaros e bichos... Um dia azul muito claro, faz adormecer os
sentidos para dar passagem aos sentimentos.
Maria Mineira - São Roque de Minas/MG
Ilustração: Edmar Sales - Custódia/PE
2 comentários:
Fantástico! Essa é a Maria que eu conheço e admiro.
Muito obrigada, Carlos Lopes!
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