sábado, 19 de dezembro de 2020

ROTINA DE UM POLICIAL

 



LARA ALVES

Meus dias são sempre os mesmos, acordo cedo, caminho pelas ruas e observo cada movimento das pessoas.

Mas enquanto caminhava por uma rua, encontrei uma linda moça com um cachorro. Um homem encostado na parede e mais quatro homens que abasteciam um grande caminhão. Até que o indivíduo encostado na parede corre e pega o cachorro da bela moça. A mulher começou a gritar.

Ei, ei! Volte aqui com meu cachorro!

Até que eu interferi.

— Com licença senhorita, quer ajuda para recuperar o cão?

— Sim, por favor. Pago quanto quiser!

Como era um homem pobre, me empolguei ao ouvir a parte do dinheiro.

SOFIA BORGES

Não pensei duas vezes e corri atrás do homem. Corri mais ou menos uns 500 metros e consegui o dócil cachorro da moça são e salvo de volta. Logo depois, entreguei a ela o pequeno animal.

— Muito obrigada senhor guarda! Darei ao senhor uma recompensa de R$1.000,00,  disse ela.

Esse é o meu dever! Eu que lhe  agradeço pela recompensa.

Aquilo para mim foi gratificante, pois além de devolver o cachorro para ela, ganhei uma grande quantia em dinheiro!

Quando acabou meu turno, logo fui para casa dar uma olhada nas contas. Vi que já havia pagado tudo, então tomei banho e fui rapidamente para o mercado fazer minhas compras.

LARA ARANTES

Chegando lá, como minha vida nunca tem sossego, não tinha feito nem metade das compras, quando olhei para a minha esquerda e me deparei com gritos. Não demorei para perceber que era um assalto.

Pensei em continuar o que estava fazendo, já que, devido aos anos de trabalho, em qualquer lugar aonde vou, sirvo apenas apresentando meu distintivo.

Bem, isso era o que eu queria fazer, mas como disse, por mais que já esteja cansado, ainda é meu trabalho, não é? Sou um policial!

Enquanto decidia se comprava um pacote de biscoitos ou corria até os assaltantes, senti um objeto frio encostar em cabeça e descer para a nuca.

Ao olhar para trás, dei de cara com um homem de máscara que apontava uma arma para mim.

LÍVIA HOLIER

Meu primeiro pensamento, foi utilizar meu treinamento para tomar a arma da mão do assaltante. Entretanto, ela estava encostada em mim de um jeito difícil de me esquivar. Me virei lentamente em direção ao indivíduo atrás de mim, mas foi aí que percebi que era menor que eu e não seria difícil controlá-lo.

Fui conversando com ele e dizendo que estava tudo bem, mas em momento algum revelei minha profissão. Sei que nos dias de hoje, é um perigo dizer que se faz parte de corporação policial. Consegui entretê-lo, até que um de seus companheiros o chamou. Ao se virar para ver o motivo de ter sido chamado, consegui apanhar a arma e retirar a máscara que cobria sua face.

Levei um susto quando vi que se tratava de um antigo aluno da academia de polícia. Ele não havia passado nos testes para fazer parte da corporação, o susto foi maior ainda, devido às circunstâncias. Conversei com ele e disse para sair daquele local, mas ele estava tão irritado que...

LARA ALVES

Começou a gritar comigo.

— Você pode até ser um policial, mas não controla a minha vida!

O jovem correu, mas consegui capturá-lo. Peguei meu celular e liguei para meus companheiros, que vieram e me ajudaram a controlar a situação.

Quando fui à delegacia, recebi uma quantia de R$3.000,00 pelo meu serviço! Fiquei muito feliz naquele dia, finalmente pude comprar coisas novas e pagar todas as minhas contas.

Economizei a quantia que sobrou, e nos próximos dias trabalhei ainda mais e ganhei mais dinheiro. O meu salário tinha aumentado devido às pessoas que falaram muito bem do meu trabalho. Finalmente não estava tão pobre!

Acabou que, no final tudo deu certo. A moça recuperou seu cachorro, os assaltantes foram presos e eu ganhei dinheiro o suficiente para sair daquela pobreza.


Autoras:

Lara Alves, Sofia Borges, Lara Arantes e Lívia Holier

Coordenação e revisão do texto: Maria Mineira