domingo, 8 de novembro de 2015

A Quinzena do Autor: João Batista Silva


Autor: João Batista Silva
Bom Despacho/MG


Caro Leitor...

É sensacional viver e participar dos fatores básicos da existência humana. A Comunicação escrita e falada é fundamental e sem ela as pessoas perdem suas identidades, suas funções sociais, racionais e culturais, que a diferenciam dos demais seres vivos, que não se prezam através do pensamento, emoções, opiniões, do amor e do prazer de viver.
A palavra escrita não é um privilégio ao acaso, é sem dúvida, um dom essencial das consequências dos atos de pensar e expressar. Essa preciosa nomenclatura se encarrega de levar ao público, ideias filosóficas, de submetê-la à apreciação dos leitores e formadores de opiniões.
Lendo e escrevendo se faz melhor compreendido, abrilhantando muito as idealidades determinantes dos assuntos, das estórias, de suas histórias e tudo que não se pode perder no espaço. Empregar de forma simples e responsável a estrutura linguística dos mecanismos expressivos e adequá-la aos que procuram, através da redação, dos textos e livros, horizontes novos, com perspectivas melhores.
28 de outubro de 2004
João Batista Silva


Considerações do Autor

Inspirado na alma criativa, iluminado pela projeção narrativa dos desenrolares de tantas estórias de uma história. Às vezes reais, que apresentam atitudes coerentes, livres e emocionantes de personagens. São vivenciadas com ausências de embates, sem máscaras, sem reações adversas. Considerando o enredo, o espaço e o tempo, que são favoráveis aos impulsos diretos ou indiretos dos discursos em abundância, que elevam a suavidade do desfecho.
Na valorização das ideias, que são consagradas, graças ao emprego formal e liberal das ricas fontes do imaginário ao real, dos sentimentos emocionantes da alma ao mais equilibrado ponto em que pode focalizar através de gestos, atitudes físicas e suas consequências.
As encantadas personagens, as belíssimas ideias, suas estórias e histórias são frutos de uma apaixonada sensação de prazer voluntário, radiante e contagiante. Localizados, sucessivos que aproximam o mundo interior do exterior, ou seja, os sentimentos do íntimo, do Eu, aos impulsos físicos, da fome, do desejo de se alimentar da água e dos prazeres da vida.

João Batista Silva

A Razão do Amor

O amor é um vocábulo fácil de entender, quando está em todo o seu ser, nos sentimentos da razão, do perdão, do possuir, dos deveres e direitos como pessoa do povo, da liberdade, da vocação, da paixão, do medo e de muitos outros substantivos.
O amor convida e insiste na perfeição do diálogo, na diagramação dos ângulos, no respeito das opiniões, na mensagem dos oprimidos, na função dos profissionais, no prestígio dos artistas, no pão do faminto, na casa dos sem teto, no emprego dos desempregados, na religião dos sem fé, nas estranhas opiniões, na liberdade dos encarcerados; nas explorações diversificadas que a sociedade ainda não conseguiu reter.
O amor conscientiza nas modalidades das imposições, nos planos inconsequentes dos valores, nos diversos seguimentos, nas inspirações e aspirações dos pensadores; na distribuição de rendas, na ocupação do espaço, no consumo da água, no direito de respirar... E no dever de respeitar a todos e a tudo, que consiste na obra prima do Criador. O direito de sonhar e viajar através da imaginação. Uma viagem por esse mundo onde os recursos são atrativos para uns e escravizadores para outros.
Procurar entender os desiguais, os oprimidos. Inspirar-se nos corajosos, nos bondosos. Escalar montanhas, subir serras, saltar rios, salvar vidas, proteger inocentes; carregar bandeiras do perdão, nas orientações dos adolescentes, dos filhos e das pessoas desprotegidas diante dos abismos, na fantasia do sexo, principalmente nos casos abusivos que envolvem adolescentes ou pessoas incapazes.
Por essas e muitas outras causas é que procuramos entender a razão do amor.
Mulher entenda você também!

Bom Despacho, 04 de outubro de 2004
João Batista Silva



A Professora

Uma professora na escola a educar...
Aos queridos alunos alfabetizar,
Dos pais, amigos e colegas,
Uma grande amizade conquistar.
Com as mãos empoeiradas de giz,
Para no quadro representar,
O fruto de suas ideias,
A vocação de ensinar.
Jovem, linda, uma simpatia de admirar...!
Seus cabelos caídos aos ombros,
Tive o privilégio de alisar.
Um homem de muita sorte,
E um ombro amigo para apoiar,
Com lindas palavras de amor,
Para expressar, sorrir, dedicar.
Dos projetos educativos,
Com ela fui dialogar,
Iniciamos do ponto crítico,
Que é a essência do educar,
E o prestígio da profissão,
Que inspira grande paixão,
A vocação de ensinar.                              
Aprendi mais que ensinei...
Ensinar mesmo... Eu não sei!
Mas cheguei a me habilitar.
Fui com ela ao trabalho,
Tentando lhe auxiliar.
Seguindo os bons exemplos,
Enquanto a roda girar...
Elevando o nome da classe,
E seus trabalhos doar...
E dos momentos de outrora,
Com a professora me libertar.

Bom Despacho, 22 de setembro de 2004
João Batista Silva


A Taça de Vinho

O vinho que serviram a todos naquele dia de festa, de amor e esperança para muitos, de corações apaixonados, foi o mesmo, chegando a transbordar alegrias e emoções por todo salão.
Os dançarinos aos poucos se espalhavam salão adentro, no mais perfeito equilíbrio emocional de festas, de beijos, de desejos, que invadiam os corações, aos mais nobres gestos sentimentais da alma, da razão e da paixão.
De pouco em pouco, outro garçom visitava a mesa novamente e refazia as dosagens e a simpatia aumentava em ritmo de festa, de felicidade inigualável. Aquelas músicas pareciam cair uma a uma no fundo do coração e atingir o íntimo de cada ouvinte, de cada dupla que dançava, que se divertia, que sentados estavam a namorar, a conversar, a traçar planos de esperanças futuras, de decisões inevitáveis e desejos de serem felizes.
Antes que os ânimos se esfriassem, as músicas eram remanejadas, as taças de vinho recompletadas e novamente os delírios se perdiam na imaginação do tempo e do espaço, na mais perfeita condição de amor sem limites.
E novamente, voltava alguém propondo alternativas de vinhos, de taças, de sabores ainda desconhecidos por muitos que não são frequentes na modalidade. Outros sim, liberados, condicionados através do bom gosto, da sensibilidade fascinante, que mergulhavam em muitos sentimentos, o desejo de aperfeiçoar a cada instante, em ritmos prontamente delicados da sabedoria, do amor sem fronteiras.
Muitos, com vinho, sem vinho, são profundamente estáticos, insensíveis, de corações inatingíveis... Até parecem não conhecer os princípios relacionados com os sentimentos, amor e saudade.
Viajam profundamente alimentados pelos sentimentos do não saber dançar, do não gostar. São extremamente bondosos, mas não se adaptam às festas.
E o vinho em dosagem moderada, em ritmo de alegria, consegue equilibrar os pontos equidistantes da emoção, do prazer e da vontade, do saber respeitar e viajar, nos mais distantes veículos condutores das infinitas saudades, paixões e amizades.
Aquele vinho saboroso não deve faltar nas festas, onde o amor tem razão de ser, de existir, de possuir, de vencer.


O vinho não é desculpa.
É paixão!
É vontade e emoção.
Carinho e solução...          
Foi defender sua taça,
E caiu na confusão,
Indispondo com o copo,
Envolveram-se em discussão.
O vinho disse ao copo:
- Muita calma, meu irmão!
O copo muito contente,
- Ninguém dança comigo.
Fiquei sozinho na mesa,
Rejeitado e excluído.
De você taça de cristal,
Eu quero me aproximar,
Dançar a noite inteira...
Até o dia clarear!
A taça se desculpou,
Pediu licença foi saindo...
- Eu não posso compartilhar
Com excesso de bebidas.
Prefiro ser alegria,
Ao azar, eu não diria.
- Muito bem sua espertinha,
O que devo-lhe adiantar,
Para exceder na bebida,
Não importa onde vai tomar...
Seja na taça ou no copo,
O excesso poderá embriagar-lhe...
Se embriagando, é difícil
se controlar.
A taça nos seus sorrisos,
Foi logo se disfarçando,
- Eu já estou de saída,
O dia já está clareando.





Bom Despacho, 24 de outubro de 2004
João Batista Silva


Esmeralda


Esmeralda...
A mais linda das pedras!
Impossível desconhecer sua preciosidade!
Límpida, esverdeada, cristalina,
Em muitas vezes
Merecedora de serenidades especiais,
Representando as riquezas minerais.
Aplausível em muitos séculos/
Continentes, países e cidades.
A pedra das aclamações
De muitos e muitos olhares.
Independente que seja a pérola,
De olhares que muitos olharam,
Nenhuma outra brilhou tanto...
Assim despertou em mim...
Compromissos paternais explícitos.
A pérola que mais desejei...
Homenagem a você, mulher,
Nesta vida que Deus nos deu,
Unicamente aos filhos seus.
Consorciar-se com a pedra que ganhei,
A esmeralda que tanto sonhei!
Com outras pedras não foi bem assim,
            Nada especial despertaram em mim,
Emoções, saudades, um ombro amigo,
Noites escuras, o brilho intensifica,
            De um lado, no dedo, a pedra do segredo,
Que tanto vejo...
A esmeralda que foi meu desejo.


Bom Despacho, 17 de setembro de 2004
João Batista Silva


Estrela d’Alva


Céu azul, estrelas...
Já não sei quanto tempo!
A vida ensina-me o caminho,
Nenhum outro percorri, tão somente.
Era o início de uma esperança infinita, feliz...
De muitas aventuras, não nos recordamos mais.
E não nos esquecemos, jamais, tantas outras!
O que às vezes, nos recompensa o sacrifício.
Livremente, diante dos sonhos, que foram sonhados a dois...
Impacientes, decidimos, delicadamente,
Verificar condutas humanamente impossíveis.
E, em sintonia de uma correspondência biunívoca,
Isso não justifica derrotas na vida de ninguém.
Raramente aceitamos falhas.
A vida é preciosa mesmo diante dos obstáculos,
Começando pelo primeiro beijo, primeiro amor...
O importante é aceitar o que pede o coração.
Impossível ou não, o amor tem razões de ser.
Basta perguntar ao íntimo de um e do outro!
Rindo ou chorando, acordado, dormindo ou sonhando.
A vida vai nos conduzindo rumo ao infinito...
Eu, você, às vezes, com tanto amor, para receber e doar...
Uma inequívoca saudade bate forte, muito forte.
Ternuras comprovadas, às portas que não abrem,
Em pouco tempo, tudo muda, o céu, as estrelas...
A mais cruel condição respalda e o impacto continua...
Motivo sério, até quando podemos suportar?
O mais importante é saber que você existe, linda como antes... Impossível se esquecer de tudo que passou, que passa.
Que pena! São tantas estrelas a brilhar, a encantar...!
O encanto maior é perceber que uma se difere...
Inexplicadamente: é o brilho da chama,
A intensidade... não sei!
Toda estrela é estrela a bordar luminosidades, caracóis, corais...Todas são assim, se fazendo brilhar!


Ao anoitecer resplandecem as belas chamas!
Ao amanhecer as chamas vão se distanciando... distanciando,
Até perderem totalmente do alcance visual,
Que cada pessoa recebe gratuitamente do Criador,
Dentro de nossa alma, de nossos corações,
Temos infinidades de estrelas a brilharem,
Então procure a que mais brilhe e se volte para ela...
Ela será sua Stella Dalva.
O batom, o esmalte, brincos, anéis e pulseiras,
O modo de caminhar, o perfume suave que passa,
O olhar, seus sorrisos...
Uma rosa perfumada naturalmente,
A essência é sem dúvida o perfil encantador,
De mãe, esposa, irmã, namorada e “amiga”,
E de muitos sonhos que se sonharam juntos...
Mulher, você merece!

Bom Despacho, 26 de junho de 2004
João Batista Silva



Paradisíaco das Correspondências

            O mundo das correspondências...
Não há encanto maior que o paradisíaco das consonantes trocas de comunicações através da liberdade de escrever determinados assuntos, em especial, conformidades de alimentar os vultos preliminares dos conceitos abrasadores da intimidade, do superego na caminhada do paraíso celeste.
Seria assim, uma caminhada sem restrições, sem se preocupar com as consequências contaminadoras, que poderiam resbalar os principais mecanismos de inibição das agressões morais, quer sejam parciais, ou totais dos valores, que agradam os impulsos conscientes ou inconscientes, dos modelos padronizadores da substituição de técnicas avançadas, com criteriosas fontes e formas de se corresponder, podem ser citados a internet, e-mail, cartas, ofícios e muitos outros.
Se verificarmos dentro da comunicação escrita, nadaremos mar adentro na mais perfeita embarcação, em que as navegações vão se deslizando, até se perderem de vista nas imensas ondas espumantes, às vezes, esbranquiçadas como as nuvens, que também deslizam em abundância no espaço celeste. Uma sobrepondo a outra. E milhares de gotas de águas vão subindo dos encontros das marés e se encontrando com tantas outras de igual proporção que vão se desprendendo e jogando das nuvens através de chuvas, e se encontrando naquela planície marítima, que na realidade também acompanha os movimentos circulatórios da esfera terrestre. As gotas vão se encontrando e se fundindo, tornando-se inseparáveis.
Não há correspondência maior que se jogar nos braços da felicidade, tentando encontrar o paraíso, a liberdade de viver, com quem a vida é fonte sagrada da imortalidade do amor. As vidas vão se misturando, se tornando inseparáveis na ocupação do espaço, do tempo e da alma.
Muitos calculistas se frustraram diante das falhas, nos mais diversos encontros ocasionais de relevância das partes mobilizadoras do corresponder e ser correspondido. A correspondência fala por si, por um, por muitos e em especial pelos sentimentos de todos.
Os meios técnicos são abundantes na ocupação espacial. Os teóricos são de relevância, sofisticados, imprevisíveis, acalentadores e improvisados, com particularidades de cada um no seu mundo dos sentimentos. Assim como as gotas de águas que se encontram das chuvas e das tempestades marítimas, vão se jogando no mar e reintegrando as imensas águas oceânicas, com específicas bravuras na diversificação alegórica de uma tempestade, que acabou em uma linda festa dos marinheiros sorridentes, das embarcações gigantescas, que depararam com a terrível tempestade passageira, que não demoraram por encontrar as calmarias e se reencontrar as terras natalinas, os portos e suas sonhadas famílias, os amores apaixonados, as partes de suas vidas que não foram. E as que ficaram reencontrar as partes de suas vidas que não ficaram, e se completarem como as gotas de águas.
É interessante argumentar assim. Parece mais uma forma de esquecer tantas outras particularidades com essências ainda mais fervorosas. Se perceber a rigor, os luminosos faróis do desejo, que tem em alimentar a particularidade de cada um; entende-se, que os sorrisos, as esperanças, os gestos, as belas palavras, até algumas contradições, são as tempestades, as gotas de águas, que vão se misturando através das paixões, dos equilíbrios, dos fortes olhares, das formas de cada uma se manifestar e de se entender às manifestações de seu amor. E então fundir-se, misturar-se, encontrando suas partes e se complementando. Tornando-se insolúveis.
Assim é o amor!


Bom Despacho, 15 de outubro de 2004
João Batista Silva

Obs: Paradisíaco – Paraíso Celeste
Resbalar – Do espanhol, tropeçar
Paradísico – Celestial
Consonâncias – Sons harmônicos
Vultos – Aspecto




O Anel de Brilhante


Lindo anel...
Simples, muito simples. Até parecia uma aliança moldurada com exclusividade, para aquele dedinho especial de professora, de secretária, de mulher envolvente, de pessoa que sonha, que luta, que soube valorizar o anel de brilhante que recebera de presente naquela noite em que foi comemorado seu aniversário natalício ao lado da família.
Creio, se não fosse estar inteiramente ligado às preparações, participações e todos eventos... Eu diria que estavam diante de uma animada festa junina; balões, doces, forrós e muita gente participando com alegria.
Que pena! O historiador não chegou a tempo de registrar aqueles momentos de inteira significância, de filmar e fotografar os mais lindos e preciosos minutos de uma festa, em que todos brincavam, sorriam. Ali, a vida estava presa aos sentimentos do amor, da verdade, do passado, do presente e do futuro. Um procedimento em que muitos são desfavorecidos, desobedientes, incompreendidos.
Existem momentos na vida de uma pessoa em que o amor fala mais alto, ultrapassa sem precipitações.
Aquela amiga loira dos olhos azuis vai ao centro da sala, coloca o aparelho de som a uma altura bem agradável... se não me falha a memória, foi uma música do “Rei Roberto Carlos”, Detalhes, e iniciou proferindo as mais dóceis palavras.
- Olá pessoal, gente! Olhem aqui esta pequena caixinha. Este embrulho aqui em minhas mãos é o presente de nossa amiga.
O silêncio invade o interior daquele recinto, onde todos permaneciam imobilizados a ouvir as palavras se encaixarem nos devidos lugares, uma a uma.
- Querida amiga venha aqui à frente!
- Eu, por que eu?
- Não se faça de esquecida. Quem mais aqui está esperando por esse momento tão lindo?
- Lindo... Olha, eu não sei do que se trata.
- Não sabe, ou está brincando?
- Eu não, longe de mim brincar com coisas sérias e...
- Então amiga, volte-se para o lado de seus pais, naquela mesa central da sala e vamos prosseguir.
Elevou a mão no sentindo vertical, retirou o primeiro papel do delicado embrulho e foi dizendo com aquela voz mansa naturalmente.
- Estou passando este embrulho a nossa amiga. É um anel de brilhante. Um simples presente que está recebendo de seu namorado. Namorado que a partir de agora é seu noivo.
A pequena e delicada menina, de um manequim pouco comum, cabelos longos, morena clara, era muito mais uma boneca encantada, que se colocava ali a receber o embrulho, que foi aos poucos se desfazendo até brilhar definitivo no dedo da mão direita da mais linda jovem que passou por lá aquele dia, naquele inesquecível momento!
Esse anel foi e voltou por muito tempo naquela companhia. O anel que ficou mais lindo naquela mão de princesa, de amiga, de uma pessoa que jamais saiu do coração daquele moço. Jamais aqueles corações se esqueceram, ou perderam a esperança. Por muitos anos esse anel brilhou naquela mão.
Como tudo muda, passa, se desfaz...
Certo dia o anel saiu da linda mão encantada e caiu na mão de sua mãe, onde ficou por um longo tempo naquela mão de mestra, de defensora das razões, de sogra de muitos e muitas, que não tardaram na complementação dos sentimentos.
É uma pequena estória de um anel que deixou histórias. Você merece muitos anéis. O anel, às vezes, não lhe foi merecedor.
O que brilhou, brilha e poderá brilhar muito mais forte.
Esse anel você merece!

Bom Despacho, 16 de outubro de 2004
João Batista Silva


Um Amor Celícola


Um amor que tem a cor do céu, das estrelas, das nuvens... Que veio de longe, muito longe. Um lindo amor que era para ficar e não ficou. Que dizia ser meu e se foi. Olhando para dentro de minha alma, tento encontrar justificativas de um lado, do outro, e o meu Eu não se conforma, e inconformado, encoraja na esperança de associar-se ao perfume que transpira através da razão, dos esforços, inserido aos sentimentos, que transbordam lindas canções de um passado que se faz presente, esperanças maravilhosas; ou, se não posso classificá-los como tais, ao menos tentar entendê-los.
As inconformidades transitórias aumentam as sementes, contaminadoras dos desejos de encontrar os segredos de uma sociedade racionalista, confiante nas ideias humanísticas, como base concreta, para solucionar todos os problemas contraditórios que aproximam de nossas expectativas, em razão dos mais diversificados contextos, quer sejam na religião, na política, no esporte, na família, ou nos casos inibidores do amor, onde os raios de luz ainda não chegaram, e quando examinarmos por um instante, entenderemos que o Criador, de fato, nos ambicionou ao dever circunstancial do perdão, com métodos exemplares, aperfeiçoadores, coerentes para incrementar aspirações prioritárias, para uma conscientização do amor. Se houver falsidade não é amor, e sim fantasias que se perderão. Mas o amor sólido supera tempestades, “espera acontecer” e não precisa pedir perdão.
Dos ilustres experimentadores inconformados, que procuram os encantos, as belezas sábias e compreensivas decisões, elevam ainda mais as sinceras e justas posições de uma dama nos seus oportunos momentos, em que existiram profundas avaliações relacionadas a um amor, que às vezes, a imortalidade ainda não o direcionou aos limites de sua trajetória.
Assim, as conclusivas e vaidosas opiniões dirão: mulher, você venceu! E o amor também!

Bom Despacho, 03 de outubro de 2004
João Batista Silva


Uma Rosa!


O jardim não é infinito, é apenas um pequeno canteiro, onde sua mãe cuidava carinhosamente das flores, das rosas, das belezas naturais que encantavam os admiradores que passavam nas proximidades.
Ela sabia conversar com as flores e comigo também, ensinava-me a entendê-las: quando murchavam, recebiam uma dosagem na medida certa de irrigação, que as revigoravam imediatamente.
Quantas vezes, na singela observação, admiravam a beleza que a vida me oferecia e a todos que desfilavam a cantar e a encantar com tanta formosura das pétalas, do perfume e da luz que se derramavam sobre elas. As borboletas que voavam de galho em galho, passando de uma rosa para outra, o beija-flor, tudo era mesmo convencedor de que somos meras criaturas e pertencemos ao Criador.
Uma singular essência exalava jardim afora, perfumes, harmonias, sabedorias, felicidades e o verdadeiro dom do amor. Amor sem medida, sem culpas, sem derrotas.
Ela, em viva voz, pronunciava a mais dócil palavra do jardim.
O amor é encantador...! Encantando-nos com a maravilhosa bênção dos dons da procriação, de carregar para o fundo do coração o direito de ser mãe.
Essa rosa, eu gostaria de reencontrá-la...
E ao encontrar, possuí-la... Lá mesmo, em meio a tantas outras que o pequeno jardim tem nos oferecido, e às vezes, negado por muito tempo.

Bom Despacho, 02 de outubro de 2004
João Batista Silva


A Mulher e seu Espaço

Uma energia invade delicadamente o íntimo desgastado e sonhador de um ser que muito tem a receber da mais sublime criatura, a mulher.
Mulher, quando lembro-me dos momentos lindos que tivemos, jogo-me nos braços do destino e entrego-me aos mais simbólicos encantos de inteira satisfação, que alivia em muito os anseios, que vão invadindo a vida sorridente e criadora que ainda resta em mim. Das habilidades que recebi do Criador, prefiro, é claro, destacar de modo sutil, aquelas que vão se referindo a você, mulher. Sua identidade é própria, inimitável, inigualável, insubstituível. A força da liberdade, o carinho de mãe, o respeito, a voz que respalda todos os projetos criativos de uma família equilibrada, sonhadora e que não compactuam com os conceitos discriminadores impostos por uma injusta sociedade arcaica e depredadora dos verdadeiros valores que uma geração tenta lapidar ao longo dos tempos.
Mulher, quando sonhava com um mundo moderno, mais compreensível e não era compreendida por muitos de seus admiradores e convencidos heróis sofredores, que dissimulando seus sentimentos, empolgados apoiam-se no efeito aquisitivo, que o poder limita a uma classe, que acredita no orgulho ferido, que alimenta a irrealidade ou as fugas de si mesmo.
Mulher, muitas vezes seus sentimentos são incompreendidos injustamente, seus direitos são esquecidos, ignorados dentro da própria igualdade dos que se emanam na desconfiança do egoísmo, que subestima a inevitável força daquelas que conseguem suas independências na perpetuação da espécie. É sem dúvida, um mistério também, porque a vida é um grande mistério diante das pequenas e insignificantes criaturas que somos na dimensão dos ocupantes terrestres. Muitas vezes, sua sensualidade, suas feministas decisões, suas liberdades, suas palavras convencedoras, suas lágrimas, seus sorrisos encantadores, sua vontade de vencer, de exemplificar, de socorrer, de enfrentar riscos da própria vida nas gravidezes, que ocorrem de modo inesperado, inconsequentes, inoportunas e você, mulher amada, querida princesa, a recebe e a transforma em uma vida, em muitos casos trabalhando nos mais diversos lugares, conduzindo funções incompatíveis com a feminilidade em determinadas situações.
Você que enfrentou e enfrenta graves problemas sociais, não por ser mulher, mas por ser alguém que procura conquistar o seu espaço, dentro de um mundo em que, às vezes, muitos não compreenderam ainda.
Bom Despacho/MG, 01 de outubro de 2004, às 17h00.

A Sabedoria de Viver

É viver com sabedoria.
É vivendo que um bom aprendiz compreenderá que saber viver é a essência da vida. Em síntese, não se deve negar, que muitos pontos sensíveis da compostura das pessoas é saber conduzir suas vidas, de modo a equilibrar racionalmente nos extremos, por aonde a vida vai conectando as maravilhas naturais.
Circunstâncias provenientes dos insultos fervorosos desgastam com rigidez, posturas que desagradam a vida nos mais diversos pontos em questionamentos.
O processo evolutivo não define saber viver apenas para não viver sem saber. É preciso saber como viveu, está vivendo e viverá, se a vida permitir, através das graças que o Criador vai derramando sobre as criaturas.
A vida está para o amor, assim como o amor está para a vida. E não há como negar uma necessária intervenção nas boas atitudes, em que muitos ainda acreditam como fonte de energia, para salvar a humanidade. A degradação ambiental e tantas outras agressões à natureza, transbordando toneladas de produtos tóxicos, descargas urbanas, lixos...
Precisa-se da atenção especial da humanidade no processo evolutivo que insere no saber viver.
Muitos pensadores, cientistas, ambientalistas e outros envolvidos na mesma postura de preservação dos recursos que ainda restam com qualidades de uma boa e satisfatória sobrevivência, acreditam que a sabedoria de viver depende de estudos, leis e medidas, que satisfaçam os anseios da população.
Um centenário senhor deixa algumas receitas aos descendentes, no sentido de alertá-los e acreditar “no amor”, como rica fonte de intermediação na qualificação de vida.
Se fumante, tente diminuir. Se usa bebida alcoólica, que faça com moderação. Evite excessos de alimentação gordurosa ou outras irrecomendáveis.
Procure distrair-se, caminhar e se divertir, falar o que sente escrever e ler ao menos uma hora por dia. Elaborar projetos que respeitem a vida, que respeitem as próprias vontades de ser feliz, de amar, sobretudo a Deus.
O maior sábio é aquele que compreende que muitas sabedorias ainda não aprendeu. Permitam-me senhoras, senhoritas e jovens, que na força de cada olhar carente do amor, quantas revelações são feitas, graças e esperanças são frutos alimentadores de sonhos, vidas, alegrias, atenções nos jogos, que vão se desencadeando na vida de cada uma das maravilhas do universo, vivendo e aprendendo a sabedoria de viver feliz.
Feliz quando se compreende que sabedoria nasce do interior e se projeta em busca da complementação cultural do exterior.

Bom Despacho, 05 de outubro de 2004, às 02:30 h.


As Fotografias

As fotografias e suas estórias...
Seriam essas fotografias relíquias encantadoras de suas estórias, de suas lembranças, de suas paixões? Das paixões de tantas pessoas que se omitem, por essa ou aquela razão não se manifestam. Às vezes, o significado de uma fotografia pode mudar de uma para outra pessoa.
Não tardou demasiadamente e o momento chegou. Foi o bastante, para que vocês se deparassem com a sonhada oportunidade de reviver grandes momentos emocionantes de outrora e recordarem suas saudades, suas alegrias.
Quantas simpatias! Quantas belezas foram entregues naquele momento, em que estava a conversar com a mais linda de todas que conheceu, que conviveu! Realmente estava ali, bem defronte à sua cadeira que ocupa a parte central do escritório. Quando ela, muito delicadamente, se levantou de onde estava, dirigiu-se à sua bolsa, apanhou um embrulho e voltou-se para o amigo dizendo:
          - Aqui está algo que você gostará de ver, veja menino!
Antes de passar o embrulho ao amigo, ela mesma foi desembrulhando com toda delicadeza até despir totalmente aquela fotografia, que entregou ao moço dizendo:
- Veja!
Ele recebe a foto. Conserta os óculos e sua imaginação viaja a uma velocidade incompatível.
A reação foi abundante e não conseguia conter-se diante das emoções que o vento foi soprando sobre suas faces. E cada momento que fixava mais o olhar naquela foto, mais se sentia distante de si, sentia aquele ar refrescante dos ventos se distanciando e o rosto começando a queimar. Tantos são os motivos que não tem explicação. Entende-se que houve uma reação inexplicável, muito forte, que os sentimentos foram intensos. Seus olhos ficam vermelhos como pimentas e as reações além do normal. Não seriam prantos de choros. Seria uma reação que veio para deixar rastros no fundo da alma.
Ela percebeu com rapidez e disse-lhe:
- Eu não esperava reações assim.
Eu pensei que você...
Pediu a fotografia de volta e dirigiu-se em direção à bolsa que estava guardada, deu alguns passos... Reteve-se, virou-se para o moço, fixou-lhe o olhar frente a frente, um ao outro.
Ele interroga novamente a moça:
- Por fineza, passe-me sua fotografia novamente.
O que foi feito com toda simpatia.
De posse daquela relíquia nas mãos e de tantos sentimentos no coração, ele procura controlar-se emocionalmente, esfrega os olhos, despista ao máximo e uma conclusão rápida se espalha mundo afora.
Os momentos foram emocionantes, irresistíveis... Lindos, muito lindos. Falaram aproximadamente uma hora e ele se despediu com emoção da fotografia cravada no peito. Foi o maior presente que recebeu.
- Obrigado, prendada donzela! Obrigado pela vida, pelo amor. Obrigado a Deus e a todos!

Bom Despacho, 17 de outubro de 2004, às 22h00.


Mitos e Lendas

Às sete horas e trinta minutos do dia primeiro de abril, um sábado, em que, de manhã o sol já era escaldante. Parecia mais épocas finalizadoras do verão. Um português, da cidade de Coimbra, que se mudou para o Brasil, estabelecendo-se na Região do Centro-Oeste Mineiro, convida alguns amigos para uma excursão à margem do Rio São Francisco. Senhor Rodolfo, o português, não esquece os apetrechos de pescaria e na primeira oportunidade foi conferir os velhos pesqueiros, que conhecera em outras ocasiões. O dia, o local, prometiam uma pescaria inédita e o Sr. Rodolfo, se esqueceu de consultar o relógio Ômega, folheado a ouro, duas tampas, XIV R, que havia herdado de seu pai. E o tempo foi passando, até que a senhora Margarida Helena, sua esposa, muito preocupada, resolve pedir à filha Dayse, a caçula, para ir ao encontro do pai.
Sua filha, a mocinha mais linda de toda a região, sai descalça, direcionada ao rio. Logo à frente, uma grande lagoa, conhecida por Lago das Sereias, um local onde todos temiam pescar, ou até mesmo molhar os pés naquela água. Peixes, patos, animais disputavam o espaço em bandos e cardumes. A pequena se encantou e procurou um local sombrio para descansar e apreciar a beleza selvagem da localidade. Os surubins nadavam de um lado para outro e ela ali a distrair-se, como se não existisse ninguém mais por aquela região, somente ela, a natureza e seus pensamentos.
Mas aquele calor era ameaçador e já havia passado das quinze horas. Ela resolve despir-se, ficando apenas de... e joga-se nas águas quentes do lago. De repente... Uma caravana de pescadores descobriu as encostas e dirigiu-se em direção ao lago, com propósito de conferir a estória da sereia. As recomendações do líder foram feitas em tom de voz adequada, para não assustar a tal sereia. E lá se foram todos. Um pescador amador, mas conhecedor da topografia naquela região, conseguiu andar mais rápido e teve o privilégio de presenciar toda a cena. Ela estava a descansar deitada lateralmente à margem do lago, onde o bosque era coberto de árvores e uma sombra emocionante convidava para tal comportamento.
De repente, o silêncio!
Todos pararam e muito assustados. Voltaram imediatamente, amedrontados. Era o medo da sereia... Quando aquele ser mitológico, metade mulher, metade peixe, percebeu as visitas, jogou-se dentro da água, tentando se proteger.
Que ótimo! O pescador passou também por banhista, ou até mesmo por um interessado em divulgar a beleza, que acabava de ver e caiu água adentro também. Quando ficou próximo reconheceu-a. Era mesmo Dayse, filha do português Rodolfo.
Esse sonho o pescador Santiago Américo gostaria que não fosse sonho, que não fosse estória de pescador.
Mulher, onde quer que você esteja, a beleza está! Porque você é bela! Seus encantos são comoventes.

Bom Despaho, 07 de outubro de 2004, às 07:00 h.

Mulher Gestante

Uma mulher a cantar, a sorrir, a passar sobre a calçada da rua, a jogar-se nos braços da mãe natureza e aguardar com ânimo, esperança e fé, que todo período de gravidez seja desenvolvido com êxito para a gestante, embrião e toda família.
Gestação não é doença, é apenas um período de nove meses, em que uma mulher se entrega ao mais nobre gesto de desenvolvimento da vida, mesmo que essa vida ainda dependa de outra para viver, para se desenvolver no útero, na maternidade primária dos ricos e pobres, de todas as raças e cores. Por mais que as ciências evoluam, tentando desenvolver recursos para substituir as normalidades naturais que se emanam através de pai e mãe na perpetuação da espécie, muitas aventuras não se podem consolidar. São insubstituíveis.
É normal a alteração fisiológica da gestante. Deformação com visíveis alterações do corpo e notáveis transformações comportamentais. São duas ou mais vidas inseridas, conexas, protegidas pela mãe, a requererem cuidados especiais na formação embrionária, que é um dom de Deus e ninguém tem o direito de interromper, ou facilitar, de formas irracionais, que se faça.
A beleza da gestante se eleva em muito, chega a transbordar simpatias por onde quer que esteja uma mulher, ao mais sublime período de fertilização, amor e dedicação. Uma gestante pode e deve se orgulhar, quando passa a caminhar, a usufruir da liberdade, em meio a tantas observadoras, que por esse ou aquele motivo evitaram se engravidar.
É claro que uma gravidez precisa ser planejada, ser sonhada com ricas emoções e transformada em realidade com responsabilidade, disponibilidade e dedicação. Evitar se possível, as gravidezes indesejadas, prematuras das adolescentes, ou que envolvam riscos de vida das gestantes.
Nada deve ser casual. É preciso estabelecer comportamentos e normas de uma vida racional, humanitária, que abraçam de corpo e alma a condição de ser mãe, como tantas foram se reclamar, sem negar e principalmente sem renegar os encantados gestos que a ela foram doados: ser mãe!
Ser mãe é sobretudo um gesto muito sério, responsável, de quem realmente recebe do Criador esse dom. Uma gestante precisa de cuidados especiais, se alimentar extremamente bem, com qualidade, em horas estabelecidas e um acompanhamento médico comprometido com as normas do pré-natal.
Uma mulher gestante se torna muito mais linda diante das mudanças físicas, que a natureza vai ocasionando no seu corpo. Não precisa complexo. As mudanças são passageiras, voltando ao normal espontaneamente.
O período de lactação é fundamental para mãe e filho. Não deve ser esquecido ou alterado. É importante que a mãe se prenda nas recomendações médicas. A mãe é o espelho da família que se agrega na mulher gestante, na mulher companheira, na mulher filha, nas mulheres que conheceram o amor com sabedoria, com bondade e respeito à vida.

Bom Despacho, 28 de outubro de 2004, às 23h50.


Mulher Racionalista


Tudo vai direcionado a uma mulher racionalista, que diante da razão e da paixão, procura controlar as fortes emoções, ausentar-se dos excessos abusivos, das controvérsias. Aproximar do ideal racional e ético, em que a vontade e o amor são pontos indissolúveis, que inseridos na arte do saber e entender devem estender aos mais simples exemplos de idéias, que focalizam modelos, para alimentar os interesses comuns, passageiros ou permanentes, influenciando fortes qualidades ligadas ao racional.
A fluidez espontânea se agrega aos impulsos amorosos, controla os aceleradores e parte em busca dos interesses e desejos coniventes, aferidos pelas qualidades comprometidas com naturalidade envolvente, reorganizadora, recriadora dos modelos e conveniências de cada uma, nas suas alusões ou ilusões.
As gerações se transformaram de forma assustadora, deixando que as humanistas falassem pelos valores de suas épocas, de suas histórias, de suas paixões envolventes, nas vocações deslumbradas de muitas, que não tardaram a receber, ou ao menos tentaram.
Aquela mulher linda, de olhos envolventes, rosto específico para uma modelo das paixões, do espírito transformador da alma, que se ajusta, intensifica a cada instante e se distancia do extravagante desequilibro das emoções indesejadas, que às vezes, confundem em muito, as pessoas nos desenvolvimentos de suas funções amorosas, até mesmo ocasionando sentidos pejorativos de falsas reações.
Muito embora não se possa negar que um casal apaixonado envolve situação extremamente perigosa; oferece sua própria identidade e razão do existir, em prova e contesta opinião em desacordo com sua vocação exagerada e aproxima-se de recursos necessários para independência de sua ansiedade opressiva e fraqueza do desejo inesgotável de realizar, de se conhecer, mesmo que outros compromissos impeçam formais decisões.

Mulher racionalista...
Mulher menina!
Aquele menino,
Espera por você!
Vocês se gostam,
Se amam...
E se merecem.

Bom Despacho, 27 de outubro de 2004, às 22:00 h.


Os Limites da Vida

A vida nos seus limites...
Complicam em compreender os parâmetros da vida no seu mundo.
As limitações, as indecisões, as boas obras, as formas internas e externas... As infinitas qualidades enriquecedoras das pessoas que tiveram suas memórias gravadas na imortalidade das distintas limitações de cada uma na vida.
Mães que vivem pelos filhos, pela família, pelo trabalho abundante... Funcionárias que se apegam pela perfeição do trabalho profissional, a doméstica, as amamentações e as pequenas obras, que a família vai se espelhando uma a uma. O carisma contaminador integral da alegria, dos sorrisos abrangentes das funções e devoções, dos abraços e beijos, dos pecados e dos perdões... de tantas outras manifestações. Mulheres que sofrem aguardando as voltas de seus filhos, que foram em busca do trabalho, das conquistas de suas próprias vontades. Das filhas que foram raptadas, dos desaparecidos, de muitos que não se sabe onde foram.
E por muitos que não tiveram oportunidade de ir e vir. Pelo desespero daqueles que depararam com a fome batendo nas suas portas. Visitas inoportunas que não avisam quando chegam, pela raridade dos infelizes que foram abandonados pós-parto, por suas mães que ficaram doentes.
Pela ganância de tantas decisões, que acabam sufocando a humanidade nas terríveis guerras. Guerras do poder armado, guerra das limitações e dos espaços geográficos, guerras dos poderosos, dos invasores, nos centros urbanos... Guerras nos mais diversos aspectos, que limitam e delimitam decisões até onde se pode suportar.
É com muita distinção, que se deve colocar os pés firmes sobre o solo, e erguer-se bem diante dos impulsos a passos firmes, precisos, nos devidos compassos em que se deve suportar com proteção.
São princípios fundamentais da mulher. Quando precisa ir à luta, ela procura adequar condutas, traçar metas, corrigir erros. Sempre procurando e evitando comportamentos alarmantes que possam sufocar os anseios e desejos, de tantos que não conseguem suportar os limites que a vida vai riscando, cortando e entregando a cada pessoa na ocupação do seu mundo.
Por essas razões e muitas outras é que se deve direcionar a vida nos sinceros comportamentos da liberdade, do prazer de viver, da vontade de superar, de ser feliz e deixar transbordar energias por todos os ângulos, até contagiar as esferas do equilíbrio apaziguador, nas diversificações dos limites de cada pessoa, em especial na intimidade do mundo em que vive.

O amor para vencer
É preciso amar...
Mulher secretária...
Mulher professora...
Professora do saber,
Do querer e do poder;
Do fazer acontecer.
Mulher como tantas outras.

          Jóias raras...
          Sonhos de muitos sonhos.
          Saudades de tantas saudades...
          Vocês são partes integrantes
          Das vidas de muitas vidas!

Nos silêncios das noites frias...
As camas vazias...
Os bombons,
O anel de brilhante!
Os livros emprestados.

          As frutas maduras,
                   As cartas, as fotografias...
                   A caneta gravada...
                   Os presentes que doaram,
                   Que trocaram.
         
         Tudo ficou nas lembranças,
         Nas saudades,
         Nos limites das vidas...
     Nos corações apaixonados.

Bom Despacho, 15 de outubro de 2004, às 23:25 h.


Paradisíaco das Correspondências

O mundo das correspondências...
Não há encanto maior que o paradisíaco das consonantes trocas de comunicações através da liberdade de escrever determinados assuntos, em especial, conformidades de alimentar os vultos preliminares dos conceitos abrasadores da intimidade, do superego na caminhada do paraíso celeste.
Seria assim, uma caminhada sem restrições, sem se preocupar com as consequências contaminadoras, que poderiam resbalar os principais mecanismos de inibição das agressões morais, quer sejam parciais, ou totais dos valores, que agradam os impulsos conscientes ou inconscientes, dos modelos padronizadores da substituição de técnicas avançadas, com criteriosas fontes e formas de se corresponder, podem ser citados a internet, e-mail, cartas, ofícios e muitos outros.
Se verificarmos dentro da comunicação escrita, nadaremos mar adentro na mais perfeita embarcação, em que as navegações vão se deslizando, até se perderem de vista nas imensas ondas espumantes, às vezes, esbranquiçadas como as nuvens, que também deslizam em abundância no espaço celeste. Uma sobrepondo a outra. E milhares de gotas de águas vão subindo dos encontros das marés e se encontrando com tantas outras de igual proporção que vão se desprendendo e jogando das nuvens através de chuvas, e se encontrando naquela planície marítima, que na realidade também acompanha os movimentos circulatórios da esfera terrestre. As gotas vão se encontrando e se fundindo, tornando-se inseparáveis.
Não há correspondência maior que se jogar nos braços da felicidade, tentando encontrar o paraíso, a liberdade de viver, com quem a vida é fonte sagrada da imortalidade do amor. As vidas vão se misturando, se tornando inseparáveis na ocupação do espaço, do tempo e da alma.
Muitos calculistas se frustraram diante das falhas, nos mais diversos encontros ocasionais de relevância das partes mobilizadoras do corresponder e ser correspondido. A correspondência fala por si, por um, por muitos e em especial pelos sentimentos de todos.
Os meios técnicos são abundantes na ocupação espacial. Os teóricos são de relevância, sofisticados, imprevisíveis, acalentadores e improvisados, com particularidades de cada um no seu mundo dos sentimentos. Assim como as gotas de águas que se encontram das chuvas e das tempestades marítimas, vão se jogando no mar e reintegrando as imensas águas oceânicas, com específicas bravuras na diversificação alegórica de uma tempestade, que acabou em uma linda festa dos marinheiros sorridentes, das embarcações gigantescas, que depararam com a terrível tempestade passageira, que não demoraram por encontrar as calmarias e se reencontrar as terras natalinas, os portos e suas sonhadas famílias, os amores apaixonados, as partes de suas vidas que não foram. E as que ficaram reencontrar as partes de suas vidas que não ficaram, e se completarem como as gotas de águas.
É interessante argumentar assim. Parece mais uma forma de esquecer tantas outras particularidades com essências ainda mais fervorosas. Se perceber a rigor, os luminosos faróis do desejo, que tem em alimentar a particularidade de cada um; entende-se, que os sorrisos, as esperanças, os gestos, as belas palavras, até algumas contradições, são as tempestades, as gotas de águas, que vão se misturando através das paixões, dos equilíbrios, dos fortes olhares, das formas de cada uma se manifestar e de se entender às manifestações de seu amor. E então fundir-se, misturar-se, encontrando suas partes e se complementando. Tornando-se insolúveis.
Assim é o amor!

Bom Despacho, 15 de outubro de 2004, às 18:45 h.

OBS: PARADISÍACO – PARAÍSO CELESTE
RESBALAR – DO ESPANHOL, TROPEÇAR
PARADÍSICO – CELESTIAL
CONSONÂNCIAS – SONS HARMONICOS
VULTOS – ASPECTO


Ser Feliz
Felicidade não se compra, não se ganha, não se pede emprestada, nem mesmo por um instante que seja. Felicidade se conquista através de compreensíveis decisões, diante das mais variadas sensações que uma pessoa vai se revelando ao sentir emoções, que precisam se inserir de valores profundamente ligados aos sentimentos do seu eu.
Felicidade, onde quer que você esteja, volte-se para o vazio exterminador, que a solidão vai arrastando em meio aos desiludidos e influenciando, nas mais cruéis e apavorantes inquietações da alma.
Volte querida, se assim for de sua vontade, de sua emocionada decisão, de se tornar ainda a mais feliz de todas as lindas princesas que conheci.
Felicidade é ter alguém especial perto de si, para influenciar nas delicadas decisões que pede a alma, para satisfazer o desejo do coração.
Para que haja felicidade entre os mais aplausíveis conquistadores é preciso que saibam doar. É doando que se recebe, é recebendo que vai se completando... e completando, inclusive as complexidades em decorrência de ser o homem dotado de corpo e alma, abundantes diferenciadores dos demais seres, onde se distingue pelos dons da habilidade de se comunicar e relacionar-se.
Muitas respostas são impossíveis de se concluir, ou às vezes, extremamente difíceis por se tratar de avaliações ligadas à natureza humana, e que impulsionadas refletem resultados ambiciosos, incoerentes.
Na distinta escola dos evolucionistas, cabem aos mais sublimes dos animais, explicações transformadoras com relação aos sentimentos, ao desejo de ser feliz.
Encontram-se grandes surpresas nos relacionamentos, quando um casal procura conhecer suas limitações e principalmente o auto conhecimento. Assim outras conclusões aliam-se ao ser, que pode pensar, decidir, organizar, amar e ser correspondido nos mais diversos e sonhados valores, que vão se acumulando em razão do próprio pensamento, que insatisfeito procura projetar suas ilusões e desilusões a favor ou contra suas vontades.
Felicidade é sonhar com exclusividade, de completar sua identidade, compreender e aceitar o raciocínio afetuoso, que aprimora o sentimento em busca de um equilíbrio perfeito, para com as aspirações em controvérsias à felicidade, inibidoras dos perfeitos sentimentos do amor.
A necessidade, às vezes, o desejo abundante de se justificar, de cobrar, de insinuar, de projetar diante um do outro, carrega para outras dimensões os afetos, as sinceridades, as verdades, as razões dos prazeres que a vida vai levando rumo aos impulsos sociais e afetivos, que procuram emanar-se de gestos atraentes, erros e aventuras, preocupando-se com a velhice, com formas, que o corpo poderá direcionar e aí então surgem outras avaliações de si.
Outros questionamentos, outras ambições, em que atrações fantasiadas ocorrem: desejos de permanência por tudo que é satisfatório pelo belo, pelo agradável, pelos sonhos alimentadores das frustrações. E não se contendo, não se apresentando recursos abundantes e satisfatórios, entra na indesejada fase dos acontecimentos ligados à alma. Já que sua capacidade evolutiva impulsiona recursos e aspirações, do finito e do infinito, dos limites da própria vida, os desafios começam a brotar do fundo da alma e pedir explicações em razão do amor, das intimidades, dos desejos, dos aplausos, que a vida vai lhe negando, ou carregando com ela.
Na condição de poder avaliar o animal pensante e sociável que somos, cabe-nos avaliar todas e quaisquer atitudes, ligadas ao passado, ao presente, que poderão refletir no futuro. Sim, é claro, esse caminho poderá ser interpelado por outros, com finalidades exclusivas de impedir que duas pessoas sejam livres em suas ações e desejos. Quando me refiro a duas, não estou excluindo ninguém de seu direito de ser feliz. Apenas estou mostrando que existem grandes dificuldades nas relações que aprimoram a perpetuação da espécie em algumas circunstâncias.
Não, não... Não creio que são tantas as complicações a ponto de impedir que a felicidade encontre o desejo de ser feliz. Complicado mesmo é entender o amor, entender e conseguir compreender a felicidade.
Ser feliz...!
É possuir aquela que tanto deseja ao seu lado, livre e contente.
Mulher...! O amor pode não ser o único a completar a felicidade, mas é o maior estimulante do desejo de viver feliz, do dia primeiro de janeiro a trinta e um de dezembro. Com direito a comemorações aplausíveis e uma inesquecível demonstração de solidariedade, no dia considerado Internacional da Mulher, “08 de março”, como também, no dia nacional da mulher 30 abril.
Mulher, você é merecedora de muito mais...!
Saudações...
Estou a esperar por você com muita saúde, força para lutar e o desejo do amor. Felicidade é viver a seu lado livre nos encontros, com quem, amor lhe promete doar. Felicidade é acreditar em Deus!
Felicidade onde você está? Como você está? Com quem você está...?
- Estou aqui a esperar por você! Venha, não demore... Como pode ser despercebido a ponto de ignorar-me, estou aí a seu lado há tanto tempo, na saúde de sua família, na sua saúde, no trabalho, na vida de cada um, na existência da pessoa, que tanto insiste dizer que a ama. Volte-se para si mesmo, tente descobrir em si todos aqueles valores, que ainda não revelou a ninguém e então faça suas doações. O amor e a felicidade existem e andam livres por aí, tentando entender um ao outro, assim como a lua tenta entender o sol e o sol, entender a lua nas suas respectivas dimensões.

Bom Despacho, 01 de outubro de 2004, às 21:00 h.

Um Amor Celícola

Um amor que tem a cor do céu, das estrelas, das nuvens... Que veio de longe, muito longe. Um lindo amor que era para ficar e não ficou. Que dizia ser meu e se foi. Olhando para dentro de minha alma, tento encontrar justificativas de um lado, do outro, e o meu Eu não se conforma, e inconformado, encoraja na esperança de associar-se ao perfume que transpira através da razão, dos esforços, inserido aos sentimentos, que transbordam lindas canções de um passado que se faz presente, esperanças maravilhosas; ou, se não posso classificá-los como tais, ao menos tentar entendê-los.
As inconformidades transitórias aumentam as sementes, contaminadoras dos desejos de encontrar os segredos de uma sociedade racionalista, confiante nas ideias humanísticas, como base concreta, para solucionar todos os problemas contraditórios que aproximam de nossas expectativas, em razão dos mais diversificados contextos, quer sejam na religião, na política, no esporte, na família, ou nos casos inibidores do amor, onde os raios de luz ainda não chegaram, e quando examinarmos por um instante, entenderemos que o Criador, de fato, nos ambicionou ao dever circunstancial do perdão, com métodos exemplares, aperfeiçoadores, coerentes para incrementar aspirações prioritárias, para uma conscientização do amor. Se houver falsidade não é amor, e sim fantasias que se perderão. Mas o amor sólido supera tempestades, “espera acontecer” e não precisa pedir perdão.
Dos ilustres experimentadores inconformados, que procuram os encantos, as belezas sábias e compreensivas decisões, elevam ainda mais as sinceras e justas posições de uma dama nos seus oportunos momentos, em que existiram profundas avaliações relacionadas a um amor, que às vezes, a imortalidade ainda não o direcionou aos limites de sua trajetória.

Assim, as conclusivas e vaidosas opiniões dirão: mulher, você venceu! E o amor também!

Bom Despacho, 03 de outubro de 2004, às 23:20 h.

CELÍCOLA – DO CÉU

Mulher que Samba

Mulher que samba, que canta, que toca... Que alegra o salão, corações e avenidas. Essa menina tem estrelas nos pés, tem fogo, tem garra, tem bondade e opinião.
Mulher menina... No samba você ganhou, sorriu e venceu. No samba você é leve como uma pena, acompanhando a vontade do vento, que sopra suavemente de Oeste para Sudeste. Você encanta a todos que passam e veem, que desejam compartilhar do samba, que não é apenas samba, é forró, arte e alegria.
Mulher, você é fogo que ferve. É brasa. É paixão. É amor... saudade e opinião. Mulher, você é o vinho da festa, o acordeão, “a sanfona” do “gaúcho, do John Peres”. É o tempero na medida certa. É a maçã madura que ganhou de presente a caminho da escola. É o perfume da festa... é tudo... é a viola dourada.
É fonte de vida, de vitórias e saudades. É o cacho de uvas, a pimenta da carne, o aperitivo do baile, a sombra da árvore, a água cristalina, que nasce nas montanhas e jorra.



1.  Mulher, tudo que tem,
Não é de ninguém.
A mim não pertence!
Sou um Galileu.
A sofrer de paixão.

2. Nesse mundo gigante,
Que não perde um instante...
A cobrar suas dívidas,
Entregar nossas vidas!

3.  E que vidas são essas?
Que alegram as festas...
Que não falta ninguém,
Para dizer meu bem.
Como amo você também.

4. Sempre foi assim.
Quem não samba...
Dança!
É esperança de vida,
De vontade e alegria,
Da noite e do dia.

5. No banco não fica.
É fogo nos pés,
O sabor do café,
O mel que tomou,
O abraço que ganhou.

6. É sempre assim...
Esperando por um fim...
Até quando...?
Não sei!

7. Mulher da saudade,
Do carinho e da amizade.
A vontade de viver,
De amar!
De sambar!

8. No seu coração,
Vai ficar...
É a estrela que brilha,
A fome, a sede.

9. A ilusão que brota,
De um amor,
Que permanece,
Enquanto muitos padecem,
Por não ter a quem amar.




Bom Despacho, 07 de novembro de 2004, às 21h30.