segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Quanto a sua falta de educação... A concorrência agradece!

Autora: Ana Soares
 
Não tem nada que me deixe mais chocada do que gente prepotente...
 
Costumo pensar que o departamento de Recursos Humanos de uma determinada empresa é o que a define...
 
É o departamento que a faz "grande" ou "pequena" - e isto nada tem a ver com números!
 
O departamento de Recursos Humanos é o coração de uma empresa!
 
Hoje me choquei com a falta de bom senso, com a falta de sensibilidade, de percepção de uma "profissional" da área...
 
Fui a uma entrevista com a minha filha de 17 anos em busca do seu primeiro emprego e para minha total surpresa pude perceber que apesar da sua total inexperiência de vida e profissional, a pessoa mais despreparada naquele momento não era ela, mas sim, quem a entrevistou...
 
Uma "profissional" desatenta aos princípios básicos de conduta no tratamento para com as pessoas.
 
Pelo "feliz" ou "infeliz" fato de que minha filha é menor de idade, eu tive que acompanhá-la na entrevista... E me choquei uma, duas, três, inúmeras vezes no decorrer da entrevista que mais parecia ser um cativeiro, um lugar que a minha filha, por infelicidade, estava relatando sua total inexperiência em busca de uma possibilidade de emprego, sendo que para cada resposta dela dada, ela era fatalmente criticada por sua inexperiência a tal função que ela nem tinha se candidatado: operadora de telemarketing - sendo que o currículo enviado era com o claro objetivo de vendedora...
 
A tal entrevistadora, psicóloga, ou sei lá o quê, a questionou pelo fato de não possuir um curso para a tal função, disse claramente que o seu currículo era insuficiente, considerando que ela não havia feito nenhum curso de informática, de inglês, etc.
 
A minha filha concluiu o ensino médio em dezembro, já efetivou sua matrícula na Faculdade do Senai em São Paulo e a tal entrevistadora mencionou ainda o fato dela não ter experiência e nenhum curso extracurricular, e em todo o tempo ela evidenciou só o que a minha filha não tinha...
 
Meu Deus fica a pergunta: por que esta profissional "infeliz" convoca as pessoas que não estão dentro do perfil desejado para evidenciar a falta do que elas não têm, por que não poupar o seu tempo e o dos outros?
 
Enfim... Como mera ouvinte, assisti a tudo e ao final disse a ela que a minha filha realmente poderia não ter o perfil para a vaga - que nem era realmente o que ela buscava e muito menos objetivo destacado em seu currículo, mas que eu não concordava com a maneira em que ela, como profissional atacara de forma hostil uma jovem inexperiente que busca o seu primeiro emprego e perguntei a ela se tinha noção do quanto traumático poderia ser para uma jovem naquela situação ser apontada daquela maneira e se ela ainda se lembrava da sua primeira entrevista...
 
Ela emudeceu por alguns instantes, pediu desculpas à minha filha e tentou contornar a situação, foi uma cena patética...
 
Quero registrar aqui o meu apelo:
 
Eu - humana que sou e que prezo pelo respeito mútuo, quero registrar aqui a minha indignação e alertar aos empresários de bom senso:
 
Atentem para os profissionais de recursos humanos que vocês mantêm em suas empresas, para que tenham no mínimo humanidade o suficiente para tratar as pessoas...
 
Este departamento deve ser o coração - o cartão de visita da empresa, aonde deve receber os melhores e acima de tudo fazer com que estes permaneçam, e para os que porventura não forem considerados tão bons assim, que sejam ao menos tratados com o devido respeito, e se isto não for feito pelo uso do bom senso, que seja feito até mesmo para que tal atitude não venha manchar a imagem da sua empresa, e é sempre bom ressaltar que a concorrência lá fora é muito, mas muito grande!
 
Quanto a minha filha - disse a ela que eu tenho certeza que este infeliz episódio será motivo de muito riso daqui alguns anos, quanto aquela "profissional" tão pobre de espírito, receio que estará ocupando ainda a mesma cadeira, ou quem sabe, estará desempregada...


Ana Soares - Ribeirão Pires/SP

http://www.recantodasletras.com.br/autor.php?id=86576

www.anasoares.prosaeverso.net


 
Ana Bailune:
 



Quem sabe, foi uma sorte sua filha não ter sido selecionada para trabalhar em uma empresa onde os funcionários agem assim? Dentro em breve, ela achará coisa muito melhor. Boa sorte!

Lenapena:

Ana, na vida tudo nos serve sempre de experiência. Com certeza da mesma forma como sua filha se deparou com pessoa tão desprovida de preparo humano, para o cargo que ocupa, irá encontrar outras, repletas de humanidade, assim foi comigo em meu primeiro trabalho no Banco do Estado de Minas Gerais. Uma pessoa super humana me entrevistou e me deu a vaga. Eu nem tinha ainda 18 anos completos. Um abraço a vc.



Wanderley Dantas:

Acho que tem gente que é doente e precisa derramar suas doenças sobre outros para aliviar. São vampiros emocionais! Abraços.
Ana Soares:

Amigos: Ana Bailune, Lena e Wanderley, muito obrigada pelo carinho!
Tarefa difícil foi presenciar aquela cena patética... Mas ainda bem que eu estava lá! Minha pequena saiu de lá aos prantos.
A vida é assim: nos permite conviver com pessoas maravilhosas para que possamos aprender com elas e com pessoas ruins, para que, de igual maneira possamos também aprender com elas: aprendemos exatamente o que não queremos e não devemos nos tornar nunca, sob nenhuma circunstância na vida! Abraços, queridos!



 

4 comentários:

Ana Bailune disse...

Quem sabe, foi uma sorte sua filha não ter sido selecionada para trabalhar em uma empresa onde os funcionários agem assim? Dentro em breve, ela achará coisa muito melhor. Boa sorte!

LENAPENA disse...

Ana, na vida tudo nos serve sempre de experiência. Com certeza da mesma forma como sua filha se deparou com pessoa tão desprovida de preparo humano, para o cargo que ocupa, irá encontrar outras, repletas de humanidade, assim foi comigo em meu primeiro trabalho no Banco do Estado de Minas Gerais. Uma pessoa super humana me entrevistou e me deu a vaga. Eu nem tinha ainda 18 anos completos. Um abraço a vc.

Wanderley Dantas disse...

Acho que tem gente que é doente e precisa derramar suas doenças sobre outros para aliviar. São vampiros emocionais! Abraços.

Ana Soares disse...

Amigos: Ana Bailune, Lena e Wanderley, muito obrigada pelo carinho!
Tarefa difícil foi presenciar aquela cena patética... Mas ainda bem que eu estava lá! Minha pequena saiu de lá aos prantos.
A vida é assim: nos permite conviver com pessoas maravilhosas para que possamos aprender com elas e com pessoas ruins, para que, de igual maneira possamos também aprender com elas: aprendemos exatamente o que não queremos e não devemos nos tornar nunca, sob nenhuma circunstância na vida! Abraços, queridos!