Ariel morreu. O bom Ariel. Dentre os filhos de mamãe Geyse
era o mais comportado. Obediente, o melhor parceiro dela. Auxiliava-a em todos
afazeres. Dificilmente se afastava dela. Não era dado a aventuras, como seus
irmãos, que desde a mais tenra idade, já apresentavam os dotes de caçadores em
busca da subsistência.
Essa situação fez com que virasse uma espécie de vítima dos
demais habitantes do lugar. Uns o taxavam de tímido, outros de gay. O fato é que
ele trazia algo de diferente em seu modo de viver.
Na verdade, Ariel não deveria ter nascido leão. Jamais
sentaria no trono de “rei das selvas”. Sua vinda ao mundo nessa condição, foi
um mero acaso. Sua índole era de um ser que só deveria fazer o bem. Daqueles
seres, como alguns humanos, enviados para cumprir um papel do bem. Ser igual a
um membro de entidade religiosa voltada para os trabalhos catequéticos,
voluntários, missionários, nas comunidades nativas mais afastadas da
civilização.
Além de tudo, o quê de ruim a natureza lhe premiou, foi ele ser
desprovido de boa saúde. Vivia necessitando dos cuidados de veterinários. Ora
problemas respiratórios, ora gástricos, sempre estava em tratamento.
Agora Geyse não pode mais desfrutar da companhia de seu
filho amado, que não mais aguentando tanto sofrimento, partiu para o lugar onde
moram os bons, deixando uma saudade imensa em todos aqueles que gozaram de sua
companhia tão gostosa!
Descanse em paz, Ariel!
3 comentários:
Pobre Ariel... lembrou-me muito da minha Latifah: problemas gástricos, ósseos, intestinais, alérgicos e finalmente, respiratórios...
O texto é muito bom, incisivo e surpreendente. Entretanto não me parece dentro dos parâmetros do concurso visto que trata de uma amizade difusa, sem endereço certo. Parabéns a quem o produziu.
(Padrão usado em todos os textos comentados para dar a todos um tratamento igual). Fazendo pois uso dos critérios apontados no regulamento deixo aqui minha impressão: ortografia, gramática e pontuação: pequenos detalhes pedem revisão, mas nada que prejudique o entendimento do texto. Uma história simples cujos detalhes, ao serem melhor explorados, poderiam proporcionar um maior envolvimento do leitor e uma melhor adequação à proposta do concurso, creio eu. Porém, toda participação é bem aceita. Avaliação pessoal: entre regular e bom. Parabéns à autora ou ao autor e boa sorte! (Torquato Moreno).
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