segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

UMA VIAGEM LITERÁRIA/FOTOS GRÃO-MOGOL/MG



GRÃO-MOGOL é uma encantadora cidade do norte de Minas Gerais em razão de suas belezas naturais e de sua arquitetura colonial. Situada numa das abas da Serra do Espinhaço (ou Serra Geral ou da Bocaína), cortada pelo Rio Itacambiruçu e vários outros cursos de água. Sua arquitetura em pedra lhe confere um ar bucólico e original. A cidade é pequena mas conta com várias pousadas e tem um bom hotel (Paraíso das Águas). Merece destaque o Parque Estadual de Grão-Mogol com sua rica biodiversidade e trilhas instigantes. O revelo é montanhoso e a vegetação é típica do cerrado de altitude, aonde se encontra o Pequizeiro, a Mangaba, Cagaita e outras fruta, além de diminutas e lindas espécies de orquídeas. Quanto à fauna, é possível encontrar lobo-guará, tamanduá bandeira, tatú canastra e macaco sauá, entre outros. Do ponto de vista histórico a cidade teve seu desenvolvimento ligado à mineração, pois é berço de cobiçados diamantes e teve suas cercanias revolvidas por garimpeiros de todas as origens desde 1768 quando chegou à Diamantina/MG, a notícia de que tinham achado diamantes naquelas serras. Conta-se que o famoso contratador JOÃO FERNANDES DE OLIVEIRA, marido de CHICA DA SILVA, esteve nesses idos na região à procura de pedras preciosas e que a região se tornou palco de sangrentos conflitos pela posses de terras e veios minerais, havendo a Coroa Portuguesa reprimido os rebeldes e desaforados com a construção de vários quartéis na região, que ficou conhecida como Chapada dos Quartéis e vários toponimos da região demonstram isso, tais como o Ribeirão do Inferno e o Córrego das Mortes. Dada sua riqueza biológica, a cidade foi visitada pelos naturalistas SPIX MARTIUS e SAINT HILARIE, no começo do século XIX. No próximo comentário falarei sobre o Barão de Grão Mogol e de sua famosa trilha. 
























Conceicao Gomes Muito bom, gosto das narrativas históricas.
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Alberto Vasconcelos Eu vi uma reportagem nessa cidade feita por Fernando Gabeira.
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Marina Alves Muito bacana! Uma viagem, a narrativa. Parabéns!
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3 comentários:

augusto disse...

Amigo Carlos, essas fotos são todas da Cidade de Grão-Mogol, a terra dos diamantes. Botumirim é uma cidade vizinha e postei imagens de sua zona rural.
Grao-Mogol tem uma rica história política e econômica, que vale ser conhecida pelos nossos leitores.

Augusto Sampaio Angelim disse...

GRÃO-MOGOL é uma encantadora cidade do norte de Minas Gerais em razão de suas belezas naturais e de sua arquitetura colonial. Situada numa das abas da Serra do Espinhaço (ou Serra Geral ou da Bocaína), cortada pelo Rio Itacambiruçu e vários outros cursos de água. Sua arquitetura em pedra lhe confere um ar bucólico e original. A cidade é pequena mas conta com várias pousadas e tem um bom hotel (Paraíso das Águas). Merece destaque o Parque Estadual de Grão-Mogol com sua rica biodiversidade e trilhas instigantes. O revelo é montanhoso e a vegetação é típica do cerrado de altitude, aonde se encontra o Pequizeiro, a Mangaba, Cagaita e outras fruta, além de diminutas e lindas espécies de orquídeas. Quanto à fauna, é possível encontrar lobo-guará, tamanduá bandeira, tatú canastra e macaco sauá, entre outros. Do ponto de vista histórico a cidade teve seu desenvolvimento ligado à mineração, pois é berço de cobiçados diamantes e teve suas cercanias revolvidas por garimpeiros de todas as origens desde 1768 quando chegou à Diamantina/MG, a notícia de que tinham achado diamantes naquelas serras. Conta-se que o famoso contratador JOÃO FERNANDES DE OLIVEIRA, marido de CHICA DA SILVA, esteve nesses idos na região à procura de pedras preciosas e que a região se tornou palco de sangrentos conflitos pela posses de terras e veios minerais, havendo a Coroa Portuguesa reprimido os rebeldes e desaforados com a construção de vários quartéis na região, que ficou conhecida como Chapada dos Quartéis e vários toponimos da região demonstram isso, tais como o Ribeirão do Inferno e o Córrego das Mortes. Dada sua riqueza biológica, a cidade foi visitada pelos naturalistas SPIX MARTIUS e SAINT HILARIE, no começo do século XIX. No próximo comentário falarei sobre o Barão de Grão Mogol e de sua famosa trilha.

Ana Bailune disse...

Que gracinha de lugar! Tão cheio de história e de natureza!
Isso é cultura!