Tarde de Domingo. Estava aqui pensando no que pensar para escrever esta crônica, coisa do tipo tristeza... Resolvi então escrever sobre as tardes de domingo; pra mim não tem coisa mais triste do que essas tardes, agora não me pergunte o porquê, não saberia dizê-lo. Só acho que é triste porque é triste, tão somente. Por outro lado, Drummond diz que mais triste é não ter tristeza alguma . Faz sentido – pensei. E parti para curtir a minha. Apanhei a “régua de exagerar distâncias” e me concentrei na dona saudade, lembrei de pessoas distantes e mesmo sabendo que elas de mim não sentiam a mesma saudade, não bateu tristeza nenhuma. Apelei para o amor, lembrei de alguém que já amei, quer dizer nem tanto assim, e nada! Tristeza nenhuma senti. Desisto, a noite está chegando, o domingo está se indo... Volto-me para a leitura de Drummond é nele que as palavras fazem sentido quando afirma: melhor é não venerar os códigos / de acasalar e sofrer. É viver tempo de sobra / sem que me sobre miragem.
A propósito, gosto da segunda-feira.
Autora: Zélia Maria Freire - Natal/RN
Publicação autorizada por escrito pelo autor da obra
A propósito, gosto da segunda-feira.
Autora: Zélia Maria Freire - Natal/RN
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3 comentários:
Esse seu jeito de escrever, falar das coisas simples da vida é comum a pouco escritor. Parabéns!
Do nada tudo. Adoro a mente dos escritores. Um beijo Zélia Freire, continua a escrever essas maravilhas, mesmo que eu não goste da segunda-feira.
A propósito, gosto de tudo que você escreve Zélia Freire!
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