quinta-feira, 10 de novembro de 2011

¨O bicho foi trigui¨- Autora: Zélia Maria Freire

             Hoje, por aqui, eu vou dar uma de árabe,  contarei uma histórinha que não é minha, mas  como dizem lá os valentes, o contador não tem menos valor do que o autor; quem recolhe a história que ouviu poderá narrá-la, e o mérito recai principalmente sobre quem conta . Contudo, vamos ser justos.  A autora é a escritora Gilda Moura, conhecida por estas bandas como uma excelente trovadora e  minha colega da Academia de Letras.

              Vamos ao caso, que me faz lembrar as amigas Hull de La Fuente, Milla Pereira e Marina Alves, que gostam do gênero.

              Seu Zé era um peão  pra lá dos sessenta, de poucas falas, que tinha fama de  adivinho  entre os seus colegas de obra,  todos os dias fazia sua fezinha no jogo do bicho e  quase sempre acertava.  Sabedor dessa façanha, o engenheiro-chefe mandou chamar o Zé em seu gabinete.

               Meio sem graça o peão ajeitou-se  todo e entrou.


               - Boa tarde, dotô
               - Boa tarde.
               - Seu Zé, qual foi o bicho de hoje?
               - Foi trigui, dotô.
               - E o senhor sonhou com o quê?
               - Sonhei caquela padaria ali.
               - E o que é que tem a padaria com o tigre?
               - E o pão num é feito de trigui!

                         *******************

               E aí escritora Nena Medeiros, esta você não conhece, pois não? Digo isto porque embora não leve muito jeito para piadas, vez por outra invento de contar uma pra Nena, só que ela conhece todas e ao invés de largar  no final um kkkkkkkkkkkk, ela diz secamente:  JÁ CONHEÇO. E a mané aqui, apesar de ficar  sem graça, é quem acaba rindo.

Autora: Zélia Maria Freire – Natal/RN

Publicação autorizada através de e-mail de 30/10/2011

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