Pasmem! Eu vi uma
botija.
Eu tinha dez anos de
idade quando toquei com as mãos uma botija, enterrada ao lado de um poste de
iluminação, numa rua estreita e escura, no bairro de Água Fria, no Recife.
(Material retirado para publicação em livro)
Autor: Carlos Lopes - Olinda/PE
Texto: Ficção
4 comentários:
Olá, Carlos!
Lendo seu texto a gente se dá conta do quanto o comportamento do homem está atrelado ao imaginário popular, que cria seus mitos e fantasias e os repassa por gerações e gerações, sem contudo, deixar perder-se o encanto pelos mistérios. As histórias sobre botijas enterradas, o mistério que as cerca, o medo, a apreensão, a curiosidade, são tão arraigadas na cultura regional e impressionam tanto, que não se pode detectar o limite entre a realidade e a ficção. Você trouxe para seu texto a ficção dentro da ficção, ou seja, um personagem imaginário que vive um medo real e sente os efeitos do que este medo lhe causou, reportando-se a uma situação que não se sabe se foi real ou fantasia. Por toda esta boa trama, seu texto ficou esplêndido.
Um abraço
Celêdian
Olá Celêdian. Agradeço pelas suas palavras a respeito da minha matéria ¨A botija e o vacilão.¨ O misticismo é uma representação muito presente em todo NE, ´´e parte da nossa cultura. É evidente que sabemos distinguir as duas coisas, no entanto, é super gostoso lidar com essas manifestações como se fossem verdade.
Eu gostei muito! Meus avós e bisavós eram benzedores. Aqui em MG no interiorzão,mesmo nos dias de hoje ainda há mutas crendices. Parabéns pela criatividade. Você escreve ficção de uma forma muito boa, a gente lê e jura de pé junto que o fato aconteceu com alguém.
Obrigado Maria Mineira. Fico feliz que tenha apreciado meu texto sobre botijas e outras credices.
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