sábado, 1 de setembro de 2012

A botija e o vacilão - Autor: Carlos Lopes


 
Pasmem! Eu vi uma botija.
 
Eu tinha dez anos de idade quando toquei com as mãos uma botija, enterrada ao lado de um poste de iluminação, numa rua estreita e escura, no bairro de Água Fria, no Recife.

(Material retirado para publicação em livro)
 
 

Autor: Carlos Lopes - Olinda/PE

Texto: Ficção

 

4 comentários:

Celêdian Assis disse...

Olá, Carlos!
Lendo seu texto a gente se dá conta do quanto o comportamento do homem está atrelado ao imaginário popular, que cria seus mitos e fantasias e os repassa por gerações e gerações, sem contudo, deixar perder-se o encanto pelos mistérios. As histórias sobre botijas enterradas, o mistério que as cerca, o medo, a apreensão, a curiosidade, são tão arraigadas na cultura regional e impressionam tanto, que não se pode detectar o limite entre a realidade e a ficção. Você trouxe para seu texto a ficção dentro da ficção, ou seja, um personagem imaginário que vive um medo real e sente os efeitos do que este medo lhe causou, reportando-se a uma situação que não se sabe se foi real ou fantasia. Por toda esta boa trama, seu texto ficou esplêndido.
Um abraço
Celêdian

Carlos A. Lopes disse...

Olá Celêdian. Agradeço pelas suas palavras a respeito da minha matéria ¨A botija e o vacilão.¨ O misticismo é uma representação muito presente em todo NE, ´´e parte da nossa cultura. É evidente que sabemos distinguir as duas coisas, no entanto, é super gostoso lidar com essas manifestações como se fossem verdade.

Maria Mineira/São Roque de Minas/MG disse...

Eu gostei muito! Meus avós e bisavós eram benzedores. Aqui em MG no interiorzão,mesmo nos dias de hoje ainda há mutas crendices. Parabéns pela criatividade. Você escreve ficção de uma forma muito boa, a gente lê e jura de pé junto que o fato aconteceu com alguém.

Carlos A. Lopes disse...

Obrigado Maria Mineira. Fico feliz que tenha apreciado meu texto sobre botijas e outras credices.