quarta-feira, 15 de maio de 2013

Pureza ou imaturidade


Autor: Nêodo Ambrosio de Castro

Seria imaturidade uma pessoa ser tão possessivamente perseguidora da felicidade através do amor, do enlace entre os sexos? 
Poderia ser considerado certo estado de pureza, viver no mundo de hoje, onde os jovens na era da evolução tecnológica tão acelerada, onde procuram se divertir, muito além do razoável, desprezando alguns valores, considerados importantes para os mais velhos, pensando e entendendo que estão fazendo tudo da forma errada, desprezando os prazeres do relacionamento íntimo longe da influência dos eletrônicos?
Na atualidade, o sexo levado a termo, principalmente pelos jovens, tem uma duração muito menor, se o compararmos com o que fazíamos a alguns anos passados. A pressa tomou o lugar do prazer, da satisfação, que é a responsável pela felicidade. Não existem mais prelúdio ou poslúdio, o sexo ficou sem graça.
A felicidade, por sua vez, foi substituída pelo prazer de ter ou adquirir um aparelho eletrônico mais sofisticado e de última geração. Isso afasta a necessidade do romantismo. Tudo é feito da maneira mais prática e rápida. A publicidade, que sempre trabalha explorando a preferência ou tentando lançar estilo de vida, tendenciosas ou naturais que insistem em considerar o homem de sucesso aquele que tem um celular mais veloz que o outro ou uma banda larga de internet mais rápida que a do concorrente.  Essas publicidades são influências tendenciosas, estimulam o consumidor a adquirir sempre o mais veloz e o mais moderno.
Esses estímulos, acabam determinando a velocidade de viver a vida. Uma pessoa normal, sem perceber, está usando menos tempo para almoçar, para lhe sobrar uns minutos para manusear seu celular. Um casal termina o jantar após um dia de trabalho e o ritual de lavar e enxugar a louça, coisa que era quase um prelúdio sexual antigo, deixou de existir. Colocam as louças na máquina de lavar e correm para o computador, para os sites de relacionamentos.
Com o passar dos dias, eles próprios descobrem que estão vivendo uma vida sem sentido. Não precisam nem querem o romantismo, pois os sites o substituem. As emoções dos passeios, de um cinema à noite é igualmente trocada pelo mesmo motivo assim, começa o fim de um casamento.


Autor: Nêodo Ambrósio de Castro - Eugenópolis/MG

Publicação autorizada pelo autor


Um comentário:

Ana Bailune disse...

Bom dia! Um texto muito importante! Para onde estamos caminhando? Cadê a intimidade verdadeira entre amigos, entre família e entre casais? A virtualidade tornou-se algo mais essencial do que a vida 'do lado de fora?' parabéns pela reflexão. Ah, Carlos, o Gândavos de cara nova está excelente.