(... Inha, até parece que só esperava o momento de se despedir. Ficou imóvel algum tempo, pareceu me olhar e de repente alçou vôo! Tive medo que ela desabasse daquela altura, mas suas asas não estavam cortadas. Fez a curva da volta para ganhar ímpeto e seguiu linha reta, no sentido oposto de onde eu estava. Ela parecia saber estava voando em direção às baraúnas, local onde se concentrava a maior quantidade de árvores de grande porte, já fora da cidade).
Texto retirado para composição de livro)
Texto retirado para composição de livro)
Autor: Carlos Lopes - Olinda/PE
3 comentários:
Lindo, lindíssimo o final dessa crônica. ...Deixou que um caminhão barulhento a assustasse. Ela tinha medo de barulhos de veículos pesados. E, um monstro de um caminhão baú não demorou a aparecer!
- E Inha fez o seu primeiro voo ... Parabéns, Carlos! Fiquei aqui lembrando de um sanhaçu que meu pai criou da natureza, mas que todos os dias no horário das refeições, ia comer no prato dele e depois bicava o pé de meu pai até abrir um chuveiro. O sanhaçu tomava banho e depois voava para uma árvore no quintal. Um dia, deve ter encontrado um outro pássaro da mesma espécie e nunca mais voltou para casa. Parabéns!
Linda! Coitada da Inha. Eu morreria ao vê-la voar.
Olá, Carlos!
O resgate de lembranças tão simples, como são os sentimentos de uma criança, tem um significado muito intenso. É talvez como se resgatássemos um tempo de ingenuidade, que se perde na idade adulta. Seu conto traduz muito bem esta sensação. Uma bela narrativa.
Um abraço
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