Diria que Custódia é um celeiro de gente sabida. É evidente que não estou particularizando os sete ou oito tipos de inteligências e sim sendo fiel ao costumeiro conceito do bom sertanejo. Este entende ser inteligente aquele capaz de absorver conhecimentos acima da normalidade, entretanto a este é facultado o direito de destacar-se entre os demais, e porque não, usufruir dos privilégios financeiros.
Longe de mim querer sobrepor minha cidade às demais, reconheço até a existência, por lá, de muitas inteligências de gaveta. Estes, tal donzelas encalhadas, levarão seus atributos a São Pedro.
Longe de mim querer sobrepor minha cidade às demais, reconheço até a existência, por lá, de muitas inteligências de gaveta. Estes, tal donzelas encalhadas, levarão seus atributos a São Pedro.
No meu crescimento depois de menino fui observando em especial três cidadãos que naturalmente despontavam cada vez mais no seio da sociedade local, cada um seguindo evidentemente suas singularidades. Silvio Carneiro foi um dos admirados, alguém a se inteirar e a se respeitar. O segundo é um homem notoriamente sábio em termos de inteligência e conhecimento. Conviver com Pedro Pereira é degustar aprendizado. Quando o homem fala assopra cultura pra tudo quanto é lado. É o tipo do sujeito aberto a ouvir e compartilhar o que aprendeu, mesmo se tratando da mais humilde das criaturas.
Esta última virtude foi absorvida por um sujeito magrinho e de pouca estatura, mas de uma capacidade de assimilar, compartilhar e, sobretudo, trabalha em equipe como poucos. Ele é a terceira inteligência de Custódia e seu nome todos conhecem e respeitam na cidade. É melhor deixar que o próprio se pronuncie. No geral, flexionei apenas o verbo: ¨Meu nome é José Soares de Melo, nascido na zona rural de Custódia, num 7 de setembro. Autodidata, cursei apenas a 3a. Série ginasial, equivalente hoje a sétima série do ensino fundamental. Aos 10 anos, fui uma espécie de comerciário ambulante, vendendo sulanca nas feiras de Custódia, Sítio dos Nunes, São Caetano, Betânia, Fátima etc. Depois passei a balconista até idos da década de sessenta, quando passei a residir na zona rural novamente, até que ingressei no serviço público, primeiro como professor primário, depois passando para função de auxiliar de Escrita na Prefeitura, galgando promoções até ao maior cargo, Coordenador Administrativo, e cumulativamente exerci as funções de Secretário de Finanças e de Administração. Também exerci a função de Secretário de Finanças da Prefeitura de Serra Talhada, retornando a Prefeitura de Custódia, em 1992, onde permaneci até a aposentadoria em 1996. Vim para o Recife e ingressei na Arconsult, empresa de assessoria às Prefeituras, lá permaneci até sua extinção, passando então para a Exatta - Empresa dedicada a pesquisas, concursos, cadastros, trabalhos sociais etc., onde permaneço até hoje, na função de Assistente Técnico, responsável pelas licitações e contratos públicos da mesma¨.
No descrito acima, pelo próprio José Melo, faltou um bocado de Zé. Cadê o Zé das famosas locuções dos programas das Duas Américas? Cadê o Zé apresentador dos programas de auditório em tardes de domingo no clube de Custódia? Cadê o Zé compositor da música ¨Lembrando de Custódia?¨ Cadê o Zé colaborador do blog Custódia Terra Querida (do querido Paulo Joaquim), cadê o Zé que resgata os esquecidos que um dia embelezaram nossas vidas: Doca, Carí, Pedro Maraváia, entre outros? Falta um monte Zé! Viu Zé? Trocando em miúdo, quando pensamos, ele já tem feito. Quando concluímos, ele já repassou. Ouvi muito matuto inteligentemente dizer: ¨Quem tem Zé Melo por perto não tem com que se preocupar. É a mais santa verdade! Trabalhei com ele na Prefeitura de Custódia e trinta anos depois nos encontramos num ambiente de internet. Quem ganha com isso são os usuários deste blog, desfrutando os maravilhosos escritos do famoso Baú do Zé. Inteligência é isso aí, permitir que outros possam pensar e compreender melhor.
Em nome de todos os usuários e colaboradores deste modesto blog, felicitamos-lhe pela sua disposição em disponibilizar seu trabalho nesta página.
Seja bem vindo José Soares de Melo, o nosso Zé Melo.
Autor: Carlos Lopes - Olinda/PE
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