Já
em Custódia vim a saber de uma estória curiosa envolvendo o criador do
Feliciano. Como o dinheiro corria solto por lá, Lampião certa feita mandou
recado que iria buscar uma parte para si. A resposta veio na ponta da língua e
pelo mesmo portador: ¨Aqui ele só vai encontrar com quem brigar¨, disse
o senhor do lugar. Recado dado e tempos depois com a intenção de ir a Ibimirim,
logo depois do rio encontra dois jagunços que vinham a sua procura. Perguntado,
logo responde: ¨Não só o conheço como vou mostrar onde ele mora.¨ Minutos depois
aponta: ¨A casa dele é aquela, não vou levá-los até lá, não quero ficar
marcado.¨ Deu meia volta e fugiu para Placas e depois rumou ao Recife de onde
nunca mais voltou. Então eu lhes pergunto: ¨Será que a derrocada do Feliciano
começou aí? Se foi, então mais um pecado nas costas de Lampião.
Material retirado para compor livro
3 comentários:
Excelente texto, Carlos. Não conheço sua terra, ainda, mas fui levado pelas mãos do autor Augusto N. Sampaio, à lembranças que vivi aqui no Amazonas, na comunidade de Varre-Vento. Lendo o seu texto, Carlos, vi que você não havia tido tempo para contemplar o que o Augusto N. Sampaio descreveu em "Os Últimos" e o fez de forma magistral agora! Um abraço,
Olá, Carlos.
Perfeito o seu texto de registro, de constatação da história do lugar, complementando os outros aspectos que Augusto Angelin havia destacado no texto dele.
Um abraço, amigo.
Celêdian
Seus textos são excelentes. Vou procurar lê-los com mais frequência. Quanto ao meu "Pau de Bosta", do Recanto das Letras. Fique a vontade para usá-lo como melhor lhe convir. Abraços. Chagoso
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