Sou apenas um passageiro do tempo: estou aqui, mas já me vou.
E o que levarei...?
DEUS dentro do coração, em meu modo de compreendê-lo, muitas vezes de forma torta; lembranças e recordações prazerosas dos verdadeiros e leais amigos que fiz e que deixarei pelos caminhos da vida. Ou como os jornalistas Carlos, de A Crítica, e Sebastião Raposo e os assistentes sociais Nilo Tavares Coutinho, das lojas Bemol e Edson de Aguiar Rosas, também de carreira jurídica, que se foram me avisar que estavam partindo e nem mais poderei avisá-los de minha partida (se é que podem existir lembranças para onde partirei só de ida!), além dos bons e os vários momentos felizes que vivi profundamente em diversas fazes de minha vida.
Os momentos tristes e desesperados que vivi, na justa medida, também vivi mais esses quero esquecê-los a todos porque me foram tristes demais!
Levarei também – e mais ainda, a certeza de que a vida é passageira!
Levarei como apoio em minha cabeça, agradáveis livros de crônica de Vinicius, Drumond, Neruda, Rubens Braga, Cecília Meirelles e todos os outros que poderem ser colocados para apoiar minha cabeça inerte e sem qualquer pensamento dentro do ataúde no qual serei colocado. Quem sabe poderei lê-los, ainda?
Estou aqui, mas tenho total consciência da minha condição de ser apenas passageiro de um trem que se chama vida!
Partirei, estou e serei agradecido a Deus porque meu “trem da vida” permanece, ainda, nos trilhos e segue um caminho tranquilo e de forma perfeita, só com alguns sustos vez ou outra, mas isso faz parte da vida que levo agora!
Levarei também da vida que vivi e minhas realizações. À história deixarei alguns mistérios a serem desvendados, os escritos que produzi freneticamente, ora de forma terna, ora de forma revoltada, ora entrando dentro de meu túnel do tempo particular! Livros que escrevi, romances conclusos e inconclusos para alguém, se desejar, terminá-los. Mas acho que essa tarefa nunca será realizada porque é difícil a um escritor entrar na mente de outro...como eu, confuso, delirante, amoroso, terno e muitas vezes revoltado com as injustiças sociais da vida!
Partirei sem levar qualquer saudade de minha vida, pois a vivi de forma plena e perfeita! Estou aqui só de passagem, ocupando um corpo; não somos nada, já disse; somos apenas mais um ser vivente!
Se produzi mágoas pelo caminho, se causei discórdias, se ofendi alguém, todos me desculpem. Não tive essa intenção e nem foi esse meu desejo! Se deixei de namorar alguém que desejei, o fiz de forma involuntária também. Às que namorei e abandonei, deixo meu pedido de perdão, se lhes produzi dissabores!
Sei que só Deus pode perdoar, mas meu arrependimento já é um bom começo!
Apenas tenho certeza disso: casei com a mulher que também amei...que me acompanhou em momentos difíceis e serei sempre grato por isso. Eu a magoei algumas vezes – estou certo disso, mas só porque outros amores apareceram que pensei serem melhores, mas vi que não eram. Minha mulher de verdade, guerreira, amiga, companheira sempre fora minha esposa Yara.
Tenho consciência que não fui o melhor homem do mundo; também não fui dos piores...tenho certeza! Na comparação, fiquei dentro da média de razoável para bom.
Nada levarei dessa vida: bens materiais, dinheiro, riqueza que nunca tive. Descerei à cova sem nada, só com a roupa do corpo, se é que haverá alguém interessado em vesti-la em meu corpo inerte.
Aos filhos, deixarei meu exemplo: estudo, dignidade, respeito a todos, determinação, coragem para superar obstáculos! Só assim se passa de um estágio ao outro da vida social! Mas todos ficarão bem, seguindo meu exemplo! Nada mais deixarei, exceto meu profundo amor pela vida que me foi amarga e meu total silêncio sepulcral!
E o que levarei...?
DEUS dentro do coração, em meu modo de compreendê-lo, muitas vezes de forma torta; lembranças e recordações prazerosas dos verdadeiros e leais amigos que fiz e que deixarei pelos caminhos da vida. Ou como os jornalistas Carlos, de A Crítica, e Sebastião Raposo e os assistentes sociais Nilo Tavares Coutinho, das lojas Bemol e Edson de Aguiar Rosas, também de carreira jurídica, que se foram me avisar que estavam partindo e nem mais poderei avisá-los de minha partida (se é que podem existir lembranças para onde partirei só de ida!), além dos bons e os vários momentos felizes que vivi profundamente em diversas fazes de minha vida.
Os momentos tristes e desesperados que vivi, na justa medida, também vivi mais esses quero esquecê-los a todos porque me foram tristes demais!
Levarei também – e mais ainda, a certeza de que a vida é passageira!
Levarei como apoio em minha cabeça, agradáveis livros de crônica de Vinicius, Drumond, Neruda, Rubens Braga, Cecília Meirelles e todos os outros que poderem ser colocados para apoiar minha cabeça inerte e sem qualquer pensamento dentro do ataúde no qual serei colocado. Quem sabe poderei lê-los, ainda?
Estou aqui, mas tenho total consciência da minha condição de ser apenas passageiro de um trem que se chama vida!
Partirei, estou e serei agradecido a Deus porque meu “trem da vida” permanece, ainda, nos trilhos e segue um caminho tranquilo e de forma perfeita, só com alguns sustos vez ou outra, mas isso faz parte da vida que levo agora!
Levarei também da vida que vivi e minhas realizações. À história deixarei alguns mistérios a serem desvendados, os escritos que produzi freneticamente, ora de forma terna, ora de forma revoltada, ora entrando dentro de meu túnel do tempo particular! Livros que escrevi, romances conclusos e inconclusos para alguém, se desejar, terminá-los. Mas acho que essa tarefa nunca será realizada porque é difícil a um escritor entrar na mente de outro...como eu, confuso, delirante, amoroso, terno e muitas vezes revoltado com as injustiças sociais da vida!
Partirei sem levar qualquer saudade de minha vida, pois a vivi de forma plena e perfeita! Estou aqui só de passagem, ocupando um corpo; não somos nada, já disse; somos apenas mais um ser vivente!
Se produzi mágoas pelo caminho, se causei discórdias, se ofendi alguém, todos me desculpem. Não tive essa intenção e nem foi esse meu desejo! Se deixei de namorar alguém que desejei, o fiz de forma involuntária também. Às que namorei e abandonei, deixo meu pedido de perdão, se lhes produzi dissabores!
Sei que só Deus pode perdoar, mas meu arrependimento já é um bom começo!
Apenas tenho certeza disso: casei com a mulher que também amei...que me acompanhou em momentos difíceis e serei sempre grato por isso. Eu a magoei algumas vezes – estou certo disso, mas só porque outros amores apareceram que pensei serem melhores, mas vi que não eram. Minha mulher de verdade, guerreira, amiga, companheira sempre fora minha esposa Yara.
Tenho consciência que não fui o melhor homem do mundo; também não fui dos piores...tenho certeza! Na comparação, fiquei dentro da média de razoável para bom.
Nada levarei dessa vida: bens materiais, dinheiro, riqueza que nunca tive. Descerei à cova sem nada, só com a roupa do corpo, se é que haverá alguém interessado em vesti-la em meu corpo inerte.
Aos filhos, deixarei meu exemplo: estudo, dignidade, respeito a todos, determinação, coragem para superar obstáculos! Só assim se passa de um estágio ao outro da vida social! Mas todos ficarão bem, seguindo meu exemplo! Nada mais deixarei, exceto meu profundo amor pela vida que me foi amarga e meu total silêncio sepulcral!
Autor: Carlos Costa - Manaus/AM
Blog do autor: http://carloscostajornalismo.blogspot.com/
Publicação autorizada através do e-mail de 10/03/2012
4 comentários:
Li o seu ¨Desiderata¨. Parabéns! Muito bem escrito. Li também o seu ¨O Homem da Rosa¨ e ¨Deus me mantém vivo¨. Neste último texto está a razão da sua sobrevivência. Lerei, ainda, neste blog, centenas de outros textos maravilhosos criados pela sua inteligência. Um abraço.
Desiderata, um texto forte, emocionado e emocionante, todavia um texto maduro e consciente, da dimensão que ocupamos neste espaço terreno que ocupamos temporariamente e o que dele podemos levar e o que deixaremos nele. O propósito de deixar um legado de bons exemplos aos seus, a sensação de dever cumprido, a percepção de erros e acertos, é o melhor que se pode deixar e o melhor que se poderá levar para a eternidade. Enquanto isto, Carlos, o que há de melhor é a vida pulsando em suas veias.
Um excelente texto.
Um abraço
Celêdian
Carlos, mais uma vez, parabéns! Tenho lido seus textos e muito me encantam. Este especialmente. Talvez pelas confissões que faz. Texto aberto e terno.
Abraços sempre afetuosos.
Fábio.
Colegas leitores, não estou desisindo de viver; apenas, preparando-me para a morte que poderá me ser antecipada. Os vários textos que os tenho publicado aqui, falando de minhas onze cirurgias no cérebro, é porque aos 46 anos de minha vida perdi completamente minha capacidade laborativa, como conto no livro DE JORNALEIRO A JORNALISTA - UMA HISTÓRIA DE VIDA, aqui publicado. Hoje, aposentado por invalidez, perdi 80% de meu salário da ativa e não posso mais trabalhar em qualquer local. Esse é meu drama, minha dor, minha revolta. Me preparei tanto para ser professor na Faculdade e depois que consegui, trabalhei somente por oito meses, fiz a primeira cirurgia em 2006 e até hoje estou lutando contra as bactérias que se slojaram em uma área nobre de meu cérebro que, se for removida a cápsula onde se alojam e que me garante a vida, poderei ficar vegetativo para o resto de meus dias. E isso não desejo! Só quero viver!!!!!
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