Autor: Geraldinho do Engenho
Chiquinho é um cãozinho que passou a merecer todo o respeito de quem o
conhece em nossa comunidade. É incrível o que este cachorrinho que não
tem nenhum sangue de raça nobre, vem praticando no sentido de ajudar seus donos
que o adotaram, ele parece entender as coisas e buscar formas de retribuir o
carinho que recebe deles. Seu sentimento solidário, e o zelo que ele vem
demonstrando para com filho adotivo do casal que o adotou também, merecem ser
conhecido e deve ser espelhado, como exemplo a muitos individualistas que só pensam
em si próprios e o seu próximo que se dane.
José Luis é um garotinho, que teve a felicidade de encontrar um casal
solidário que o adotaram, depois de ser rejeitado por vários casais que
impossibilitados de gerar seus próprios filhos, optaram por um filho de adoção.
Portador de patologia autista Jose Luis é um garoto problemático
chegando muitas vezes a ser agressivo com os seus próprios pais.
Mas o Chiquinho tem sido para o garoto não só um excelente terapeuta
como também seu guardião. O cachorrinho tem um cuidado com o garoto zelando
dele de forma admirável. Só mesmo vendo para crer. Ele o vigia com um carinho
todo especial, e brincam dando a entender que ambos falam a mesma língua,
aliás, Chiquinho só falta falar a língua humana, porque na dos animais ele é
poliglota e já provou com a história que vou narrar:
Como se não bastasse seu apego ao garoto, a pouco uma ação praticada por
ele deixou seus donos ainda mais surpresos. Por ocasião de uma visita que
fizeram na fazenda de um parente, levaram com eles alem do filho Jose Luis o
seu inseparável cãozinho. La passeando nos derredores da casa ele encontrou um
pintinho com a perninha doente, possivelmente quebrada no meio do gramado, e
pôs a brincar com ele, ao perceber sua atitude carregando o pintinho aqui e
ali, descobriram que o acariciava lambendo um ferimento em sua perninha.
Entretidos na prosa esquecerem-se dos dois animaizinhos, Chiquinho e seu
novo amiguinho o pintinho. Voltando a sua residência desceram do carro, ao
abrir a porta para sua saída do veiculo, notaram que Chiquinho trouxera algo
com ele na boca. O acompanhou, ele foi até a cozinha e colocou o objeto La bem
no cantinho da parede. Foram averiguar; o leitor pode até não acreditar,
mas encolhidinho e febril estava La o pintinho doente de perninha quebrada. Chiquinho se apiedou dele o carregou colocando-o no carro sem que eles
notassem o conduziu para sua casa para ser cuidado por seus protetores.
Infelizmente seu amiguinho não resistiu morrendo alguns dias depois embora
tenham sido cuidados sobre seu olhar curioso que parecia torcer pra que ele se
curasse... Isso é ou não uma grande lição de amor ao próximo, passada por um
ser que muitos dizem que é irracional? Tivéramos todos nós esse cuidado com o
próximo o mundo seria de fato o paraíso que Deus criou com essa expectativa de
amor.
Geraldinho do Engenho - Bom Despacho/MG
Publicação autorizada pelo autor
4 comentários:
É amigo, sempre digo, avalio as pessoas pelos seus atos com os animais. Tenho publicado excelentes histórias e bons exemplos do quanto os animais são importante em nossa vida e sempre defendo: Animal não é brinquedo de criança e sim um bom amigo. Evidente que falo de pessoas que entregam pequenos animais para crianças com pouca vida matar sem a menor ideia do que estão fazendo. Eu crio animais e vez por outra vem uma criança querendo brincar com eles, sempre digo: Pode ficar com ele pertinho, acariciar, conversar mas tenha cuidado para não machucar, ele é pequenininho, centenas de vezes menor que você. Tudo acaba bem, ambos felizes. No entanto já vi muitas crianças matando minúsculos seres na presença da mãe, evidente que essa mãe deveria ser presa pois acha aquilo tudo natural. É só uma questão de comprar outro bichinho.
História linda, amigo Geraldinho. A gente até se emociona com exemplos desses seres que muitas vezes são mais racionais que muito ser humano.Um abraço.
Incrível! Emocionante, Geraldinho! Sei que histórias assim existem e deveriam mesmo servir como exemplo pra muitos seres que se dizem "humanos". Muito bom! Marina Alves.
Uma estória e tanto, Seu Geraldo, parece coisa de cinema.
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