Autora: Sonia Biasus
Todas as manhãs, Alberto levantava-se bem cedo e ia à padaria comprar
pão para o café da manhã. Em uma destas manhãs Alberto, absorto em seus
pensamentos, caminhava pela rua e sem querer tropeçou em um amontoado de
papelão que se punha no seu caminho, ou melhor, que estava no caminho da
padaria. Ao tropeçar algo se mexeu em meio aos papéis e gemeu levemente, como
se estivesse acordando ou sentido dor.
Alberto começou vasculhar os papelões e descobriu uma criança ali
dormindo. Esta se apresentava com uma roupinha muito simples e com os pés
descalços. Alberto abaixou-se e perguntou à criança porque é que ela estava
dormindo ali. A menina respondeu que não sabia, mas que estava com frio e com
fome. Alberto recolheu a menina e a levou para sua casa.
Marina, ao ver Alberto chegar com uma criança, ficou assustada e
perguntou o que aquilo significava e Alberto contou todo o fato. Marina pegou-a
no colo e conversou calmamente com a menina.
Marina e Alberto não tinham filhos, mas muito queriam ter, porém já
estavam casados há dez anos e ainda não tinham conseguido realizar seu sonho:
ter um bebe.
Enquanto Alberto preparava o café Marina deu um banho na menina e a
agasalhou e em seguida sentaram-se a mesa para tomar café. Ela aparentava ter
uns 4 anos e mal falava, sentia medo e receio. Marina tentou conversar com ela
e ao questionar como era o seu nome ela respondeu que se chamava Clarissa.
Outros questionamentos surgiram, mas Clarissa não respondia, parecia assustada,
mas comia com muito prazer um pãozinho e café com leite.
Terminaram de tomar café e
Clarissa adormeceu. Mariana colocou-a em sua cama e voltou para conversar com
Alberto sobre o que fariam com a menina. Sabiam que não poderiam ficar com ela
assim sem comunicar o juizado de menores.
Depois de tanto conversar decidiram ligar para um advogado, amigo deles,
e este sugeriu que fossem ao juizado e comunicassem o fato. No dia seguinte
fizeram isso e o Adolfo, advogado amigo deles, os acompanhou.
Chegaram ao juizado e foram recepcionados pela secretária que
prontamente os encaminhou a sala do juiz. Décio, o juiz de menores, relatou ao
casal que o procedimento correto era deixar a menina em um abrigo de menores
até encontrarem algum familiar e depois de certo tempo ela poderia ser adotada
caso não aparecesse ninguém de sua família.
Marina pediu ao juiz se poderia ficar com Clarissa pelo menos uns dias
até que a investigação começasse, o juiz concordou em deixar a menina por uma
semana depois disso ela teria que ir para o abrigo. A semana passou tão rápida
que Marina e Alberto nem perceberam.
Eis que toca o telefone era o advogado avisando que não haviam
descoberto nada da família de Clarissa e que ela teria mesmo que ir para o
abrigo. Uma tristeza muito grande tomou conta dos dois, pois se afeiçoaram
ainda mais pela menina e não queriam que ela se fosse.
Passou-se um mês e Alberto e Marina iam todos os dias ver Clarissa no
abrigo, já sentiam ela como sua filha e a menina também se afeiçoara a eles e
os chamava de papai e mamãe. Isso deixava os dois mais felizes ainda.
Três meses depois Marina recebe um telefonema do juiz marcando uma reunião
para daí a três dias. Os dois estavam ansiosos por saber o que o juiz queria
com eles. No dia e hora marcada lá estavam na sala de espera aguardando pela
chamada da secretária. Quando esta os chamou eles levantaram rapidamente e
dirigiram-se até o juiz.
O nervosismo e a ansiedade era tanto que até Adolfo, o juiz, percebeu e acalmou
os dois oferecendo-lhes um café. Em seguida começou a relatar que haviam
descoberto a família de Clarissa. A expressão no rosto de Marina era de
desolação, mas ouviu tudo que o juiz lhe dizia na esperança de que ainda
houvesse uma chance de poder ficar com a menina.
De repente a expressão de Marina e Alberto começou a mudar quando o juiz
disse que os pais de Clarissa haviam morrido em um acidente e que a menina
vivia com uma família de vizinhos, mas que os mesmos não tinham condições de
criá-la e que Clarissa havia desaparecido de casa e que eles não conseguiam
encontrá-la.
O juiz, então, comunica a Marina e Alberto que se eles estariam
interessados na adoção da menina poderiam entra na fila de adoção que muito
breve poderiam ser os pais de Clarissa. Mesmo assim eles iam ver a menina todos
os dias.
Passaram-se mais 15 dias e eles foram chamados para a adoção de
Clarissa. Marina e Alberto não se continham de tanta felicidade. Antes de ir
buscar a menina passaram em uma loja de brinquedos e compraram muitos presentes
para ela.
Chegaram ao abrigo e abraçaram Clarissa e beijaram tanto e disseram que
agora ela iria ser a filha deles para sempre. Foram para casa os três muito
felizes e enfim a família agora estava completa e muito feliz.
Autora: Sonia Biasus
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Colaboradora do blog:http://gandavos.blogspot.com/
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Publicação autorizada pela autora
2 comentários:
Que esta linda história se repita por muitas e muitas vezes na vida real. Parabéns, Sonia. Marina Alves.
Obrigada Marina Alves. Abraços.
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